“Nunca fui a favor de fechar estrada, meter fogo”, diz alvo da PF

Alvo da operação deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta quinta-feira (15) em Mato Grosso e outros seis estados, o empresário e ex-candidato a deputado estadual Rafael Yonekubo (PTB) afirmou que nunca foi a favor de fechar estradas e “meter fogo”.

 

Em entrevista logo após prestar depoimento na sede da Polícia Federal, em Cuiabá, Yonekubo se defendeu das acusações de que tenha financiado e participado de atos antidemocráticos. Segundo o empresário, suas manifestações sempre foram “ordeiras” e “pacíficas”.

 

“Eu nunca participei de atos antidemocráticos. Sempre participei de manifestações ordeiras e pacíficas. Se vocês acompanharem, vocês verão que não há nada de arruaça. Vocês verão crianças. Meu filho mesmo, eu levo ele. Não diariamente, mas sempre que posso para participar na 13ª Brigada”, disse.

 

“Eu nunca fui a favor de fechar estrada, meter fogo. Eu sempre fui contra esse tipo de atitude”, emendou.

 

Yonekubo ainda negou que tenha pedido o fechamento do Supremo ou outros atos considerados inconstitucionais.

 

O empresário, que questiona a vitória do presidente Lula (PT), em outubro deste ano, ainda insiste que queria apenas que o TSE liberasse os códigos-fonte das urnas eletrônicas, procedimento que, segundo ele, daria “legitimidade” às eleições.

 

“A minha pauta, que eu falei para o delegado, é que a gente quer o código-fonte. A gente tem um pouco de receio quanto ao resultado das eleições. Essa é a minha pauta. Eu só peço o código-fonte, mais nada”, disse ele.

 

“Nunca pedimos o fechamento [do Supremo], nem nada. Eu peço o código-fonte. Quero legitimidade nas eleições”, completou.

 

Por fim, o coordenador do movimento da direita em Mato Grosso comentou ainda que já “esperava” que seria alvo de mandados, uma vez que é ativista político desde 2015.

 

A operação

 

A Polícia Federal cumpre 20 mandados de busca e apreensão em Mato Grosso em uma operação nacional contra envolvidos em manifestações que incluem bloqueios em rodovias e pedidos de golpe militar.  Em todo o Brasil, são 81 mandados. 

 

Em Mato Grosso, além de Rafael, também foram alvo de busca e apreensão a advogada Analady Carneiro e o oficial da reserva do Exército, Adavilso Azevedo (PL).

 

Bolsonarista, Adavilso foi um dos organizadores da motociata que recepcionou o presidente Jair Bolsonaro (PL) no aeroporto de Várzea Grande em abril deste ano. 

 

As medidas foram ordenadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), que ainda ordenou o bloqueio de redes sociais de diversos alvos e contas bancárias dos investigados.

 

Leia mais: PF faz operação contra atos em MT; ex-candidato é um dos alvos

Advogada “direita raiz” é um dos alvos de operação da PF em MT

 

 



Mídia News