Pivetta diz que agro de MT é autossuficiente e que não depende de ministro

Gilberto Leite | Estadão Mato Grosso

O vice-governador Otaviano Pivetta (Republicano) preferiu não comentar a nomeação do senador Carlos Fávaro (PSD) a ministro da Agricultura, no governo do presidente Lula (PT), ao ser questionado pela imprensa sobre a indicação do ex-aliado ao cargo. Ele ainda comentou que não prestou atenção aos 37 ministros escolhidos pelo presidente.

“O setor é autossuficiente, o setor é o mais desenvolvido no Brasil, independe de ministro”, disse à imprensa na manhã desta quarta-feira, 4 de janeiro.

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Pivetta apoiou a reeleição do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Durante a campanha eleitoral, ele defendeu que o Brasil não retroagisse e voltasse às mãos de pessoas erradas, em referência ao candidato vitorioso, que já esteve no cargo por dois mandatos e conseguiu eleger sua sucessora, a ex-presidente Dilma (PT), por outros dois.

Além disso, Fávaro foi do mesmo grupo político de Mauro e Pivetta, relação que foi rompida devido ao processo eleitoral do ano passado. Fávaro se aproximou da esquerda para tentar dar musculatura ao projeto político de Neri Geller. Sem espaço na base do governador, eles articularam com a federação PT, PV e PCdoB a montagem de chapa majoritária, com Márcia Pinheiro (PV) ao governo e Neri ao Senado.

Nomeação ao Mapa

Desde o final do segundo turno das eleições, Fávaro era um dos cotados para assumir a pasta na gestão do Lula. Além dele também foram sondados para ocupar o cargo o ex-deputado federal Nilson Leitão e o deputado federal cassado Neri Geller (PP).

Uma das missões dele na chefia da Agricultura será tentar aproximar o setor com o governo, principalmente de Mato Grosso, já que grande parte dos produtores apoiou a reeleição do atual presidente Jair Bolsonaro (PL).

Durante o período eleitoral, produtores de soja e milho de Mato Grosso decidiram que Fávaro, o deputado federal cassado Neri Geller, e o empresário, Carlos Augustin, não têm legitimidade para representar o setor como interlocutores em Brasília.

Segundo a Aprosoja, que representa a categoria, ao apoiar as políticas do Partido dos Trabalhadores (PT), eles entraram diretamente em divergência com os valores conservadores da classe produtora.



Estadão MT