VÍDEOS: Bolsonaristas voltam a trancar a BR-163; testemunhas relatam tiros
Reproduçao
Bolsonaristas radicais voltaram a fechar a BR-163 próximo a Sinop no final da tarde deste domingo, 8 de janeiro, mesmo dia em que uma multidão de extremistas invadiu o Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal (STF). Testemunhas afirmam que sofreram ameaças de homens armados, impedindo a circulação na rodovia.
Vídeos registrados por leitores do jornal Estadão Mato Grosso mostram que os manifestantes queimaram pneus sobre a rodovia para bloquear a passagem na região do bairro Altos da Gloria, próximo à saída para Cuiabá.
– FIQUE ATUALIZADO: Entre em nosso grupo do WhatsApp e receba informações em tempo real (clique aqui)
– FIQUE ATUALIZADO: Participe do nosso grupo no Telegram e fique sempre informado (clique aqui)
“Passando o Alto da Glória, não estão deixando ninguém passar. Estão armados com carabina e atirando. Nós estamos dentro do carro, vindo de Sorriso, […] e não deixam ninguém passar. Atirando e jogando pedras no carro, e a gente com criança aqui dentro”, conta uma mulher, pedindo socorro para deixar o local.
Bolsonaristas também bloquearam um trecho da BR-163 próximo a Nova Mutum, na altura do KM 593. Por volta das 17h30, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que conseguiu desbloquear esse trecho da rodovia.
Uma força-tarefa está sendo montada para atuar em relação ao bloqueio em Sinop.
CAPITAL DO BOLSONARISMO
Sinop é um dos maiores redutos bolsonaristas de Mato Grosso e foi palco, no final do ano passado, de uma onda de violência causada por manifestantes que pedem golpe de Estado para desfazer o resultado das eleições, que terminaram com vitória de Lula (PT) sobre Jair Bolsonaro (PL).
No começo de dezembro, bolsonaristas radicais queimaram caminhões no centro da cidade e no meio da BR-163. Também houve um ataque, com bombas e tiros, a uma base da concessionária Rota do Oeste, usada para prestar socorro aos motoristas que trafegam pela rodovia.
O Estadão Mato Grosso entrou em contato com a assessoria da Rota do Oeste, concessionária responsável por administrar a rodovia, mas não houve resposta.