MPE pede que mecânico vá a juri por morte de diarista e motorista

O Ministério Público Estadual pediu que o mecânico Jefferson Nunes Veiga seja submetido à Juri Popular pela morte do motorista de aplicativo Igor Rafael dos Santos, de 22 anos, e da diarista Marcelene Lúcia da Silva Pereira, 39, em um acidente em abril do ano passado.

Em seu pedido, o promotor César Danilo Ribeiro de Novais ressaltou que Jefferson dormiu no volante e que o homicídio foi praticado sem que as vítimas pudessem esboçar “reação defensiva”.

O acidente fatal aconteceu na manhã do dia 8 de abril de 2022, na Avenida Filinto Muller, em Várzea Grande. Jefferson, que dirigia uma Toyota Corolla, invadiu a pista contrária e colidiu contra o Toyota Etios, onde estavam Igor e Marcelene.

Com a violência do impacto, a mulher foi arremessada do carro. Já o rapaz, que era motorista de aplicativo, morreu na hora.

A filha de Marcelene, de apenas cinco anos, estava no veículo e também foi arremessada. Socorrida, foi encaminhada para uma unidade e sobreviveu.

À época, Jefferson negou realizar teste do bafômetro.

Na alegação, o promotor afirmou que Jefferson dormiu sobre o volante e acelerou involuntariamente. Além disso, ele cometeu o crime sem que as vítimas pudessem esboçar qualquer tipo de reação.

“Os crimes foram praticados sem que as vítimas pudessem esboçar reação defensiva, porquanto foram surpreendidas pelo veículo do denunciado Jefferson Nunes Veiga que invadiu a pista contrária, colhendo-as de surpresa pela contramão”, diz trecho da decisão.

“Posto isso, o Ministério Público requer, com espeque no artigo 413 do CPP, seja pronunciado nos exatos termos da denúncia o réu Jefferson Nunes Veiga, para que seja submetido a julgamento pelo Tribunal do Júri desta Comarca de Várzea Grande e, ao final, condenado pela prática dos crimes previstos nos artigos 121”, finaliza o pedido.

Por conta disso, ele foi denunciado duas vezes por homicídio qualificado e quatro vezes por homicídio qualificado tentado e embriaguez ao volante.