Setor de inteligência faz monitoramento para barrar novos atos bolsonaristas
Assessoria
O secretário estadual de Segurança Pública, coronel César Augusto Roveri, disse que o setor de inteligência está monitorando a possibilidade de novas ocupações e bloqueios de espaços públicos em Mato Grosso. Ele comentou que o setor está integrado com as apurações feitas pela Abin (Agência Brasileira de Inteligência) para barrar movimentos que impedem o direito de ir e vir das pessoas e incentivem atos antidemocráticos, como aconteceram nos últimos meses.
Bolsonaristas ficaram mais de dois meses na frente de quartéis e obstruíram trechos de rodovias contra o resultado do segundo turno das eleições presidenciáveis, em que Lula (PT) foi vitorioso.
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“Nós estamos trabalhando com a inteligência, essa informação [de novos protestos] precisa ser checada se vai ou não vai parar. Nós temos um sistema de inteligência que está trabalhando não só em Mato Grosso, mas integrado em todo o Brasil, inclusive, com a Abin”, disse em entrevista à imprensa na quinta-feira, 12 de janeiro.
O monitoramento mais firme começou após os atos de vandalismos registrados em Brasília (DF) no último dia 8, quando manifestantes radicais invadiram e depredaram os prédios dos três Poderes. Além disso, o estado segue cumprindo a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, para que as forças de segurança não permitam a ocupação e bloqueio de vias e espaços públicos.
“Com relação a novos atos, a gente faz um trabalho de inteligência, nossas estratégias não podemos revelar, até por uma questão de segurança, e da atuação de nossas operações em campo, mas o Estado de Mato Grosso está atuante e observando todas essas questões”, comentou.
Gabinete de crise
O secretário ainda destacou que, após a decisão do Supremo, o governo reinstalou o Gabinete de Crise para fazer o monitoramento de novas manifestações e agir de forma mais imediata para dispersar atos.
Na quarta-feira, 11, uma operação foi realizada para conter uma manifestação que havia sido marcada para o fim do dia, na Praça das Bandeiras, na Avenida Historiador Rubens de Mendonça, a Avenida do CPA.
“A decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal, nós estamos cumprindo, nós reinstalamos o gabinete de crise onde participam todas as instituições não só do estado, mas federais e municipais têm assento a mesa. Convidamos o Tribunal de Justiça, Ministério Público. As decisões são tomadas em conjunto, nesse gabinete de crise, as melhores decisões para atender o cidadão, para defender o Estado de Mato Grosso e para defender a democracia”, destacou.
