“Era uma tragédia anunciada; pessoas responderão por atos”

O procurador-geral de Justiça, José Antônio Borges, afirmou que os poderes constitucionais já estão dando a “resposta” necessária aos vândalos que participaram – de forma direta ou financiando – os atos do último dia 8 de janeiro.

 

Naquele dia, extremistas depredaram os prédios do Supremo Tribunal Federal (STF), Congresso Nacional e Palácio do Planalto. Centenas foram presos, dentre eles alguns mato-grossenses.

 

“Naturalmente, que as instituições, independente das pessoas que estejam no Poder, são a importância da democracia e do Brasil. A resposta está sendo dada pelos poderes, seja o executivo federal, câmara, o senado e o próprio judiciário que foi um dos atacados”, disse. 

 

“Então, as respostas estão vindo aí e as pessoas que praticaram isso – sejam soldados, os chamados ‘patriotas’ ou seja quem financiou- responderão no devido processo legal seus atos”, completou.

 

Pessoas que praticaram isso – sejam soldados, os chamados ‘patriotas’ ou seja quem financiou- responderão no devido processo legal

Borges disse ter acompanhado as cenas com perplexidade, mas ressaltou que era “uma tragédia anunciada”.

 

“Todo mundo acompanhou de forma perplexa. Mas, isso já era uma tragédia anunciada. Basta lembrar meu discurso de posse como o procurador-geral há dois anos. E isso veio a se confirmar”, afirmou.

 

Em fevereiro de 2021, quando assumiu seu segundo mandato como chefe no Ministério Público Estadual (MPE), Borges fez críticas pesadas ao então presidente Jair Bolsonaro (PL) e a seus seguidores, cuja parcela ele comparou a nazifascistas.

  

Atuação do MPE

 

Em entrevista à imprensa, Borges disse que a responsabilidade pelas investigações dos envolvidos dos atos em Brasília é são os entes federais, como a Polícia Federal, o Ministério Público Federal, Justiça Federal e o STF.

 

No entanto, o MPE de Mato Grosso se colocou a disposição para prestar informações sobre a identificação de possíveis golpistas.

 

“Nós fizemos um reunião virtual de todos os procuradores do Brasil e nos colocamos a disposição. Os nossos Gaecos e sistema de inteligência estão trabalhando nessa situação. Quem coordena isso para mim é promotor de Justiça Mauro Zaque”, afirmou.

 

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