Mauro diz que prefeitura deveria entrar no Guinness Book como “a mais corrupta”
Gilberto Leite | Estadão Mato Grosso
O governador Mauro Mendes (União) disse que a Prefeitura de Cuiabá deveria estar no Guinness Book, livro que registra os recordes mundiais, como recordista de corrupção. A fala foi feita no mesmo dia em que a Polícia Civil deflagrou a Operação Hypnos, para cumprimento de ordens judiciais relacionadas com a investigação de um suposto esquema na Empresa Cuiabana de Saúde Pública (ECSP).
Mendes lamentou o fato, mas comentou que não ficou surpreso com a operação judicial contra a gestão do seu adversário político, Emanuel Pinheiro (MDB).
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“É a roubalheira que continua explodindo, lamentável. Não é novidade para mim e para ninguém nessa cidade que a Prefeitura de Cuiabá é a mais corrupta prefeitura da história do Brasil. Porque eu nunca ouvi dizer que em uma única gestão tivesse tanta gente presa ou afastada por escândalo de corrupção. Tem que chamar o Guinness Book para dar o prêmio recordista de corrupção para a Prefeitura de Cuiabá”, destacou Mauro, durante entrevista à imprensa na quinta-feira, 9 de fevereiro.
No mesmo dia, o ex-secretário de Saúde Célio Rodrigues foi preso em operação policial, acusado de participar de um esquema de corrupção. As investigações começaram após uma auditoria da Controladoria-Geral do Estado (CGE) apontar indícios de desvios de recursos públicos na compra de medicamentos, na ordem de R$ 1 milhão.
Ainda conforme a apuração da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor), uma empresa fantasma foi criada para “dar ares de legalidade” ao desvio.
A decisão descreve que as investigações identificaram que, em maio de 2021, a empresa emitiu uma nota fiscal sobre a venda de 9 mil unidades do medicamento Midazolam 15MG/3ML, com custo unitário de R$ 111,12, totalizando R$ 1.000.080.
Nove dias após o pagamento, a empresa emitiu uma nota fiscal com uma numeração diferente, alterando a quantidade do medicamento para 19 mil, como valor unitário de aproximadamente de R$ 52.
Logo após, investigadores foram até a sede da empresa na Avenida Miguel Sutil, mas identificaram que no local funciona apenas uma empresa imobiliária.