Mauro se revolta com CPI da Intervenção e sugere investigação contra secretário
Gilberto Leite | Estadão Mato Grosso
O governador Mauro Mendes (União) sugeriu que os vereadores por Cuiabá instaurem uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os fatos levantados na operação Hypnos, deflagrada pela Polícia Civil na última semana, que resultou na prisão do ex-secretário de Saúde, Célio Rodrigues.
A resposta foi dada ao ser questionado sobre a abertura da CPI para apurar possíveis excessos da equipe interventora do Estado na Secretaria Municipal de Saúde.
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“Seria uma boa oportunidade para Câmara abrir uma CPI para investigar o que foi denunciado. Um ex-secretário preso que está levando nota fria para a Secretaria e sacando dinheiro na boca do caixa, se os vereadores não investigar isso é a maior pouca vergonha da história da Câmara de Cuiabá. Porque o que foi denunciado é o cara entrega uma nota fria e saca dinheiro na boca do caixa, um caso foi denunciado, mas será que existe só um? Ou terão dezenas ou centenas?”, questionou.
“A Câmara vai ficar quieta quando o cara estava roubando o dinheiro da Saúde e as pessoas morrendo por falta de remédio na pandemia e até hoje? O papel da Câmara é fiscalizar”, enfatizou.
A Polícia Civil deflagrou a operação Hypnos para cumprimento de ordens judiciais relacionadas à investigação de um suposto esquema de desvio de dinheiro público na Empresa Cuiabana de Saúde Pública (ECSP) no contrato de compra de Midazolam.
CPI
Na última semana, o vice-líder do prefeito, vereador Luis Cláudio (PP), conseguiu as assinaturas necessárias para abertura de uma comissão para apurar possíveis excessos e irregularidades que teriam sido cometidos pela equipe do Estado.
Ele pontua que o interventor Hugo Fellipe extrapolou todos os limites, inclusive editando decretos, segundo ele, totalmente inconstitucionais e ilegais.
Entre os fatos que serão investigados pela CPI são: possível desvio de finalidade dos atos praticados durante a intervenção do Estado na saúde do Município de Cuiabá; suposto assédio moral, abuso de autoridade e atos administrativos irregulares praticados pela Equipe de Intervenção; aparente descontinuidade dos serviços de saúde prestados pela SMS e Empresa Cuiabana de Saúde e insuficiência de repasses do Estado de Mato Grosso ao Município de Cuiabá, no que tange aos recursos da saúde, em contrapartida de pacientes do interior atendidos na capital, prejudicando sobremaneira a prestação dos serviços em razão da sobrecarga.