Três pessoas são presas suspeitas de se passarem por delegado pra aplicar o golpe do nude

A Polícia Civil (PC) prendeu na manhã desta quarta-feira, 15, três pessoas suspeitas de aplicarem o “golpe do nude” e se passar por delegado goiano para extorquir dinheiro das vítimas. Outros dois indivíduos continuam foragidos. Também foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão na Operação Delegado Fake.

De acordo com a delegada Renata Vieira, o esquema funcionava assim: primeiro a vítima era abordada em uma conversa de Whatsapp ou nas redes sociais por uma mulher. Depois de um tempo conversando, outro número entrava em contato, utilizando o nome uma foto de um delegado de Goiás, que pedia dinheiro para não prender a suspeito de enviar conteúdo sexual e receber fotos íntimas de uma menor. Essa pessoa que se passava pela autoridade goiana também ameaçava expor a foto da vítima o acusando de pedofilia.

As investigações tiveram início depois que um delegado da PC de Goiás ter sido informado de que havia um indivíduo, no Estado do Pará, que estava sendo extorquido por alguém que se passava por ele. Na primeira fase da operação, quatro pessoas foram presas e, na época, eles apontaram participação de outros envolvidos, o que possibilitou essa nova leva de prisões.

Com a mulher presa hoje, foi encontrado um celular recheado de recibos que caiam na conta dela. “Ela dizia que não sabia de onde vinha o dinheiro. Disse que só sacava a pedido do filho e repassava pra um terceiro”, revelou a delegada. Também foi encontrada uma caderneta que deve levar a Polícia Civil a identificar mais pessoas envolvidas no crime.

Na primeira fase da operação, foram efetuadas 04 prisões e, na ocasião, os presos apontaram participação de outros envolvidos, o que gerou a segunda fase da operação. Participaram da operação de hoje os policiais civis da 12ª, 18ª e 21ª DDPs, com apoio da 1ª DRP. “Começamos a investigar o crime de extorsão e cresceu para uma organização criminosa que vive dando golpe”, comentou a delegada, que pediu para que outras vítimas também procurem a polícia.



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