“Viagem de Bolsonaro aos EUA foi para preservar a liberdade”
A deputada federal Coronel Fernanda (PL) afirmou que a viagem do ex-presidente Jair Bolsonaro para os Estados Unidos logo após o fim do segundo turno das eleições de 2022 foi para “preservar” sua liberdade. De acordo com a coronel, caso ele permanecesse no País, poderia ter sido “perseguido” e até preso.
Eu sei que tem coisas que ele faz que não é adequado… Ele não abandonou [o país]
Bolsonaro viajou para Orlando, nos Estados Unidos, no dia 30 de dezembro do ano passado, na véspera do fim do seu mandato, para não passar a faixa presidencial para Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Novata na Câmara Federal, Fernanda – que é defensora de Bolsonaro – disse não concordar com todas as falas e posicionamentos do ex-presidente, mas que avalia que a decisão dele de deixar o País foi acertada.
“Eu sei que tem coisas que ele faz que não é adequado… Ele não abandonou [o País]. Às vezes você tem que tomar umas atitudes para preservar o mais importante: a liberdade, a democracia, as coisas mais corretas”, disse a deputada em entrevista à Rádio Vila Real.
Ao justificar possíveis perseguições a apositores, a Coronel usou como exemplo a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) elaborada pelo PT que limita o poder das Forças Armadas. O texto, que tramita no Congresso Nacional, obriga a transferência de militares para a reserva quando assumirem cargos públicos.
“Há democracia nisso? Eu que estou lá no Congresso e recém-chegada, você vê a forma como eles estão fazendo, que estão blindando para destruir e acabar com as pessoas que pensam diferente das ideias deles”, questionou a parlamentar.
“Joio do trigo”
A parlamentar ainda defendeu parte das pessoas participaram do ato que culminou com a invasão da sede dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro. Para a deputada, é preciso separar o “joio do trigo”, uma vez que, segundo ela, a maioria dos envolvidos fez uma manifestação pacífica.
“Não estou dizendo que é certo. Não é certo ninguém destruir nada, invadir nada nem ofender alguém. Mas a gente tem que tirar o joio do trigo”, disse.
“Eu tenho que pegar e avaliar as situaçãoes lá, prender quem tem que prender, acusar, dar a ele o devido processo legal, como é dado para o traficante, homicida, estuprador. Aquelas pessoas que foram lá, que foram mais de mil pessoas, eu sei a maioria quem são aquelas pessoas: são senhoras, senhores, não são bandidos”, acrescentou.