Menina de três anos foi feita de escudo em tiroteio, diz mãe da vítima
Divulgação
Ágata Tauane da Silva Soares, de 3 anos, morta a tiros em um bar de Barra do Bugres, a 169 km de Cuiabá, nesse domingo (19), foi usada de escudo pelo suposto ‘alvo’ dos criminosos, segundo a mãe dela, Marciana da Silva.
“Ele a fez de escudo. Ele a jogou na frente e a bala pegou no coração dela. Ele foi um covarde”, disse a mãe.
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Segundo Marciana, o homem é conhecido da família e, agora, ela pede por justiça. Ela e o marido tem outros três filhos, de 2, 6 e 7 anos.
A criança estava no estabelecimento junto com os pais quando dois homens armados invadiram o local com o objetivo de matar um suposto membro de uma facção criminosa. No entanto, o homem teria puxado a menina para a frente dele e os disparos acertaram ela.
Ágata foi socorrida pelos pais e levada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade. No caminho, ela ainda teria conversado com a mãe, mas morreu logo depois.
“Ela me disse: ‘Mãe, não me deixa morrer’, mas aí já era tarde”, relembrou Marciana.
O corpo de Ágata foi encaminhado para perícia em Tangará da Serra, a 242 km da capital. O velório acontece na manhã desta segunda-feira (20), em Barra do Bugres.
A família está sendo acompanhada pela Pastoral da Criança e pelo Centro de Referência Especializado de Assistência Social do município.
O crime
Uma câmera de segurança da região registrou o momento em que dois homens armados descem de um carro e correm na direção do bar. Enquanto isso, um terceiro homem que estava dirigindo aguarda no veículo.
O suposto “alvo” dos criminosos conseguiu correr do bar e se esconder. Um dos suspeitos dos disparos correu atrás dele, enquanto o comparsa fugiu junto com o motorista do carro.
Equipes da Polícia Militar fazem buscas para tentar localizar os criminosos. Até agora, apenas o carro usado por ele foi encontrado em uma área de mata.
O caso é investigado pela Polícia Civil.