Defender o armamento civil não é defender crime; lei é igual para todos
O deputado federal Coronel Assis (União) voltou a defender o armamento civil e afirmou que a proposta de flexibilizar do uso de armas não é o mesmo que defender o crime.
Não me preocupa as armas legais nas mãos de cidadãos que pagam seus impostos
Desde a campanha para o cargo na Câmara Federal, o parlamentar defendeu a bandeira do armamento. Em entrevista ao MidiaNews, ele explicou que a proposta tem como objetivo ajudar na defesa do cidadão.
“Defender o armamento civil não é defender crime. Diante disso, não me preocupa as armas legais nas mãos de cidadãos que pagam seus impostos, que cumprem uma série de requisitos para poder adquirir uma arma de forma legal, rastreável e sobre a qual incidem a tutela do Estado”, afirmou.
O deputado já havia criticado o presidente Lula (PT) por assinar um decreto que muda as regras para a aquisição e o registro de armas de fogo por caçadores, atiradores e colecionadores (CACs) e por particulares.
Para Assis, o decreto do petista atingiu direitos de aquisição e registro de armas e munições por caçadores, atiradores desportivos e colecionadores e por aqueles que desejam possuir uma arma.
Diante disso, o parlamentar apresentou um Projeto de Decreto Legislativo para suspender o decreto.
“O que me preocupa é o arsenal de armas ilegais nas mãos dos bandidos com o único propósito de cometerem crimes”, disse.
“Quando, eventualmente, pessoas com armas registradas cometerem crimes terão que responder por esses crimes conforme a lei, que não deve ser branda para um e severa para outro. A lei tem que ser cumprida de forma igual por todos”, acrescentou.
Quando, eventualmente, pessoas com armas registradas cometerem crimes terão que responder por esses crimes
Decisão de ministro
Na última semana, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, suspendeu o julgamento de todos os processos que questionem a “constitucionalidade, legalidade ou eficácia” do decreto sobre armas assinado pelo presidente.
Questionado sobre a decisão, o deputado não se mostrou abalado e disse estar confiante que irá reverter o decreto de Lula.
“A decisão do ministro Gilmar Mendes não impede a atividade legislativa, pois é justamente competência do Poder Legislativo criar e modificar as leis”, concluiu.
Leia mais:
Coronel cita revanchismo de Lula e tenta sustar decreto anti-armas