TJ extingue ação após morte de idoso acusado de envenenar menor

A Justiça extinguiu a punibilidade do comerciante Adônis José Negri, acusado de envenenar o achocolatado que matou uma criança de dois anos em Cuiabá.

 

Adônis tinha 70 anos e morreu no dia 21 de março de 2020. O júri popular ao qual ele seria submetido estava marcado para esta terça-feira (28).

 

O processo está em segredo de justiça e não se sabe ao certo em que data a decisão de extinguir a punibilidade foi tomada.

 

A Justiça ficou sabendo da morte após a defesa juntar nos atos a certidão de óbito do idoso. 

 

Segundo a defesa do comerciante, o advogado Raul Claudio Brandão, havia elementos suficientes para absolver o idoso, mas a família não aceitou a representação dele no júri pela sua honra.

 

A extinção da punibilidade é, portanto, a perda da pretensão punitiva do Estado. Em casos como o de Adônis, diante da morte, não há mais a possibilidade de se impor qualquer tipo de sanção ao réu.

 

Adônis foi denunciado pelo Ministério Público Estadual (MPE) pelo crime de homicídio qualificado por emprego de veneno.

 

Segundo a denúncia, o veneno foi colocado por Adônis no achocolatado para se vingar de um assaltante que estava furtando sua casa e comendo alimentos de sua geladeira.

 

A morte

 

A criança de dois anos deu entrada na Policlínica do Coxipó no dia 25 de agosto de 2016.

 

A mãe informou que estava em casa com o filho, no Bairro Parque Cuiabá, quando a criança teria dito que estava com fome.

 

Ela, então, deu-lhe uma caixinha de achocolatado, que foi comprado pelo marido.

 

Ela disse que a reação foi imediata e o menino passou mal, desmaiando em seguida.

 

O menino chegou a ser reanimado pelos médicos, mas morreu cerca de uma hora depois de ter dado entrada na unidade hospitalar.

 

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