“MT não foi dominado por poder paralelo, estamos agindo, diz MPE
O procurador-geral de Justiça Deosdete Cruz Júnior defendeu os órgãos de Segurança do Estado e afirmou que Mato Grosso não está dominado pelo poder paralelo das facções criminosas.
Segundo ele, há, sim, uma sensação de insegurança devido aos conflitos entre faccionados no interior, mas que o Estado tem agido para evitar o crescimento dos bandidos.
O Estado é muito mais forte que essas organizações, ele tem condições de se voltar contra isso
“O Estado de Mato Grosso não perdeu o poder para o poder paralelo, posso afirmar com toda tranquilidade. O que temos percebido é que, realmente, de um tempo para cá, por conta do conflito entre facções, a sensação de insegurança está muito maior”, afirmou à rádio Vila Real FM.
“Porém não está pior, porque os órgãos de Segurança Pública fazem muito. Basta olharmos os lamentáveis episódios que acontecem todos os dias no Rio de Janeiro, onde realmente ocorre uma ocupação territorial por essas organizações criminosas”, acrescentou.
Cidades como Sorriso, Cáceres, Sinop vêm ganhando destaque desde o ano passado devido ao aumento de homicídios em decorrência da guerra entre o Comando Vermelho (CV) e o Primeiro Comando da Capital (PCC).
Na última semana, sites de Barra do Bugres noticiaram que bairros do município estavam recebendo toque de recolher. Na cidade, uma criança de 3 anos foi assassinada por um membro de facção que tentava balear um rival.
Questionado sobre o assunto, Deosdete afirmou que o MPE está ativo buscando estratégias para impedir a atuação de grupos criminosos no Estado.
O procurador chamou a atenção para o sistema prisional e socioeducativo, onde membros de facção ainda têm muita influência, ainda que estejam detidos.
Segundo ele, a intenção é incluir as áreas no radar do grupo de atuação e combate ao crime organizado.
“O Estado é muito mais forte que essas organizações, tem condições de se voltar contra isso. Para isso precisamos fortalecer as instituições e é essencial que o cidadão faça denúncias, que confie, que traga nomes. Não confie no criminoso do seu bairro”, completou.