Juíza diz que acusado de matar criança é perigoso “acima do normal” e mantém prisão
A Justiça converteu em preventiva a prisão em flagrante de José Edson de Santana, acusado de matar o filho da ex-namorada, de apenas cinco anos, na última sexta-feira (2), em Colíder.
O corpo do menino foi localizado nesta segunda-feira (6), em uma região de mata da cidade. José foi preso pela Polícia Civil no sábado (3) e confessou o crime.
A decisão foi dada pela juíza Giselda Regina Sobreira de Oliveira Andrade, durante audiência de custódia, neste domingo (5).
No documento, a magistrada citou a “periculosidade acima do normal” do acusado, que conforme ela, se aproveitou da confiança da vítima, e de forma “dissimulada, prestou solidariedade e apoio a mãe do menino enquanto ela buscava por notícias do filho”.
“Desta feita, extrai-se dos autos a periculosidade acima do normal da conduta do custodiado, não constituindo, de nenhum modo, constrangimento ilegal a segregação cautelar”, disse.
“Em observância ao modus operandi do flagranteado, dotado de ousadia ao persuadir o infante, em plena luz do dia, ‘dizendo-lhe que iam pescar’’, até o momento de ser asfixiado pelas mãos de seu algoz e atirado a um rio, verifica-se que, se solto, certamente representará insegurança e intranquilidade a toda a população, tornando-se necessária a sua segregação para o fim de coibir a prática de novos delitos pelo flagrado”, acrescentou.
Desaparecimento e morte
Conforme a Polícia Civil, a vítima brincava com o irmão mais velho em frente à residência da mãe, quando foi levado pelo homem.
Imagens de câmeras de segurança, nas proximidades da casa da vítima, flagraram o momento em que o suspeito chegou ao local.
Por já ter tido um relacionamento com a mãe das crianças, o garotinho reconheceu o suspeito, se aproximou e eles começaram a conversar.
Na sequência, o homem colocou o menino na garupa de uma motocicleta e seguiu em direção à estrada para Nova Canaã do Norte.
Após ser preso pela Polícia Civil, ele confessou o crime e disse aos policiais que teria jogado o corpo da criança no Rio Carapá.
No entanto, de acordo com a Polícia Civil, o corpo da criança foi localizado em uma mata, na MT-320, próximo a uma pista de motocross, a 27 quilômetros do ponto onde, inicialmente, o autor do crime teria dito que deixou a vítima.