Suspeito de atropelar professora na Barra afirma que achava se tratar de animal na pista
O homem de 43 anos suspeito de atropelar a professora Mônica Alencar Miranda, de 33 anos, identificado pelas iniciais I.N.S., diz às polícias Civil e Militar que achava ter atropelado uma “criação” (animal) e não uma pessoa. Segundo ele, chovia muito na madrugada do domingo (19) e não foi possível visualizar do que se tratava.
I.N.S. relata que os limpadores do para-brisa do veículo Ford Del Rey estavam estragados e os vidros embaçados, prejudicando a visibilidade na BR-070. “Eu subi apressado, porque cuido de uma criança pequena. Bati nela, mas achei que era uma criação. Nunca imaginava que seria uma pessoa. Não vi e fui embora.”
O suspeito enfatiza que ficou sabendo do fato porque ouviu falar de um rapaz que tinha “batido” em uma mulher em frente ao Sesi. “Eram 5h da manhã e eu não imaginava que ia ter uma pessoa às margens da rodovia. Então foi o que aconteceu. Atropelei ela e não vi que era uma pessoa.”
O homem afirma ainda que estava circulando normalmente no veículo e que não sabia de nada até que a investigação chegou na residência, informando que ele tinha atropelado uma pessoa. I.N.S. informa que Mônica era colega de uma irmã, que também é professora na rede municipal.
O caso
Mônica Alencar Miranda foi encontrada desmaiada na madrugada de domingo (19), às margens da BR-070, no setor Novo Horizonte, em Barra do Garças, com ferimentos na cabeça e no rosto. Ela foi localizada populares que acionaram a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e, posteriormente, foi encaminhada ao pronto-socorro pelo Corpo de Bombeiros.
A professora ficou internada na UTI até o dia 23, quando recebeu alta e foi transferida para uma enfermaria. Ela sofreu um traumatismo craniano de natureza leve e o quadro é estável.
Embora o suspeito tenha assumido a autoria do atropelamento, o delegado Heródoto Fontenelle, titular da Delegacia Especializada de Defesa da Mulher informou que o caso ainda não foi dado por encerrado. As investigações prosseguem para se descobrir o que levou Mônica a ser deixada no local pelo ex-marido.
I.N.S. foi detido na sexta (24) no setor Palmares, vizinho ao bairro onde ocorreu o atropelamento. O veículo Del Rey estava estacionado ao lado da casa e na lateria foram encontrados fragmentos da roupa que a professora usava no dia do fato. (FA/RDNews)