Justiça converte prisão de assassino de jovem no Pedra 90 para preventiva
Reprodução
O juiz Marcos Faleiros da Silva, da 11ª Vara Criminal de Cuiabá, converteu a prisão em flagrante para preventiva de Antônio Aluízio da Conceição Marciano, de 20 anos. Ele matou a facadas Emmily Bispo da Cruz, de 20 anos, na última quinta-feira, 16 de março, no bairro Pedra 90, em Cuiabá. O crime ocorreu na frente do filho da vítima, de apenas quatro anos de idade.
Antônio será encaminhado para a Penitenciária Central Estado (PCE).
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O crime ainda está em investigação pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cuiabá. De acordo com o delegado Hércules Batista, titular da DHPP, o crime foi premeditado.
Antonio teria pegado uma moto emprestada de um amigo e, depois de segui-la por alguns dias, conseguiu abordar a vítima assim que ela saiu de casa para levar o filho à creche.
O vídeo, inclusive, mostra Emily de mãos dadas com o filho, antes de ser executada.
“Então ele ficou circulando ali [no bairro], aguardando só o momento dela sair da residência para abordá-la e infelizmente efetuou mais de quinze golpes de faca… ela gritou e ele alega que a matou porque ficou com raiva por ela ter gritado”, descreveu o delegado.
FUGA E CONFISSÃO
Conforme apontado pela investigação, Antônio não planejava continuar em Cuiabá depois de ter executado a jovem. “A gente encontrou registros que ele havia adquirido uma passagem, já há alguns dias atrás”, relatou Hércules.
Antônio era natural do Pará e a Polícia tinha receio que ele fugisse para lá. Hércules explica que depois de ter esfaqueado Emily, devolveu a moto ao amigo, confessou o crime a ele e foi se esconder em uma casa abandonada no Parque Geórgia, onde foi preso pela Polícia Civil, horas depois do crime.
“Até o momento, a gente não tem evidência que essa pessoa que emprestou a moto, que é um amigo dele, tenha participação nesse feminicídio, mas isso vai continuar sendo investigado e no decorrer das investigações a gente vai chegar em uma conclusão” declarou.
Na delegacia, Antônio teria dito que estava arrependido do crime que cometeu, mas essa versão não convenceu os policiais.
“A gente já, pelo trabalho policial, percebe quando alguém manifesta de uma forma espontânea o arrependimento. É frio, calculista, esperou ela, premeditou o crime. Ceifou a vida de uma mulher que tem um filho, na presença do filho menor de idade, provocando traumas irreversíveis na vida de uma criança “, asseverou o delegado.