Advogado: Autor pode ter receber pena de até 270 anos de prisão
Indiciado pela chacina de Sinop – onde sete pessoas foram assassinadas -, Edgar Ricardo de Oliveira, de 30 anos, pode ser condenado até 270 anos de prisão pelos crimes cometidos naquele feriado de Carnaval, no dia 21 de fevereiro.
Fazendo uma conta rápida aqui, foram sete homicídios, como homicídio qualificado a pena é de 12 a 30, então o máximo, que é 30, você multiplica por 7 vítimas, só aí já são 210 anos
A Polícia Civil concluiu, na última quinta-feira (16), o inquérito que investigou o caso, e o atirador foi indiciado por homicídio qualificado por motivo torpe, fútil e recurso que impossibilitou a defesa das vítimas.
Além do homicídio ele responderá por duas tentativas, roubo, furto e posso irregular de arma de fogo adulterada.
O advogado criminalista Ricardo Oliveira explicou as penas individuais, que somadas podem chegar a esse número.
“Fazendo uma conta rápida aqui, foram sete homicídios. Como homicídio qualificado a pena é de 12 a 30, então o máximo, que é 30, você multiplica por 7 vítimas, só aí já são 210 anos”, explicou o profissional.
As duas tentativas de homicídio somam juntas mais 40 anos. “A tentativa você diminui de um a dois terços, então diminuindo um terço, que é o mínimo que poderia ser diminuído, a pena ficaria em 20 anos para cada uma das tentativas”, afirmou.
O crime de furto pode chegar 4 anos e o de roubo, quando é empregada a violência, a 10 anos.
A posse irregular de arma de fogo adulterada, conforme o profissional, pode resultar em pena de 6 anos. O crime consta no artigo 16 do Estatuto do Desarmamento.
As penas máximas somadas podem chegar a 270 anos de condenação.
O comparsa de Edgar, Ezequias Souza Ribeiro, de 27 anos, morreu em confronto com policias do Bope. Só depois disso é que Edgar resolveu se entregar exigindo, ainda, a presença da imprensa.
O crime
O crime foi motivado por uma sequencia de derrota dos atiradores contra uma das vítimas, em jogos de sinuca apostados.
Irritado após ter perdido R$ 4 mil, Edgar desafiou novamente o jogador e, de novo, perdeu duas partidas.
Dessa vez Edgar estava “preparado” e sacou, junto com seu comparsa, armas para render e matar as vítimas.
As imagens mostraram que depois de atirar contra as vítimas eles pegaram o dinheiro que estava sobre a mesa de sinuca e até a bolsa de uma das vítimas.
As vítimas fatais foram identificadas como Orisberto Pereira Sousa, de 38 anos, Adriano Balbinote, 46, Getúlio Rodrigues Frasao Júnior, 36, Josué Ramos Tenório, 48, Maciel Bruno de Andrade Costa, 35, Elizeu Santos da Silva, 47 e a adolescente L.F.A.
Uma mulher e o sobrinho dela conseguiram sair com vida, mas perderam parte da família no massacre.
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