Michelly diz que Câmara se calou para defender “gestão imoral”
A vereadora por Cuiabá Michelly Alencar (União) criticou os colegas da Câmara Municipal que votaram contra a abertura de uma Comissão Processante para investigar o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB).
O crime de omissão está previsto na lei, quando nós nos omitimos do nosso papel nós precisamos arcar com as consequências
Em postagem no Instagram, a vereadora afirmou que a Casa se calou para defender uma “gestão imoral”.
Ao todo, foram 14 votos contrários ao pedido e nove favoráveis. Michelly foi uma das que votaram a favor da investigação.
“Mais uma vez, mesmo em meio a tantos questionamentos e comprovações, vemos essa Casa se calar, e defender essa gestão imoral”, escreveu.
Durante a sessão desta terça-feira (21), a vereadora defendeu seu voto e explicou que a comissão tinha o objetivo de trazer esclarecimentos aos cuiabanos. Além de “honrar” o papel dos vereadores da Câmara, que, segundo ela, estavam preocupados com o andamento da gestão municipal.
Michelly ainda destacou que Emanuel deveria ser investigado por crimes que já foram comprovados e citou a omissão do prefeito em relação às denúncias de descaso e caos que foram feitas ao longo dos mandados do emedebista.
A vereadora atribuiu a culpa do colapso na Saúde à má gestão de Emanuel.
“O crime de omissão está previsto na lei, quando nós nos omitimos do nosso papel nós precisamos arcar com as consequências e nós temos uma omissão do gestor municipal. Nós não temos como dizer que não existe nenhum crime atribuído a ele”, disse.
Ao final de sua fala, Michelly ainda alertou que os colegas também deverão prestar contas por se calarem diante do que já foi exposto contra o prefeito da Capital.
“Quando temos uma Casa, que dentro dos seus poderes parlamentares tem a oportunidade de trazer a investigação desses casos, desses descumprimentos da lei, e não faz, nós poderemos também responder por isso”, concluiu.
Comissão processante
O pedido foi apresentado pela vereadora Edna Sampaio (PT), que alegou que Emanuel estaria descumprindo leis de autoria dos parlamentares, além da Lei Orgânica do Município e da Constituição de Mato Grosso.
Caso a Comissão Processante fosse aberta, o prefeito seria afastado do cargo.
Ela ainda alega que a Prefeitura não vem executando os recursos oriundos de emendas impositivas individuais, caracterizando o descumprimento da Lei Orçamentária Anual (LOA).
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