Juiz lembra fuga do local do crime e mantém prisão de lulista

A Justiça de Mato Grosso manteve a prisão preventiva de Edno de Abadia Borges, 62 anos, assassino confesso do bolsonarista Valter Fernando da Silva, de 36 anos.

 

O Valter foi assassinado no domingo (19) com duas perfurações de arma de fogo no abdômen. O autor seria apoiador do atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e teria atirado em Valter após uma discussão política.

 

A decisão é da tarde desta quarta-feira (22) e foi assinada pelo juiz Ednei Ferreira dos Santos, durante audiência de custódia. Edno se entregou a Polícia no fim da tarde de terça-feira (21), após ser considerado foragido.

 

Diante da gravidade e forma como o crime foi realizado e a posterior fuga do representado do distrito da culpa […] mantenho a segregação cautelar

Na decisão, o magistrado citou que Edno fugiu do local do crime logo após os disparos. Justificou ainda que o fato dele se entregar às autoridades policiais não é razão suficiente para suspender o mandato de prisão. 

 

“[…] Diante da gravidade e forma como o crime foi realizado e a posterior fuga do representado do distrito da culpa, assim, considerando que não houve qualquer fato novo que pudesse dar ensejo à revisão da decisão, mantenho a segregação cautelar”, disse.

 

“Em que pese os argumentos da defesa, os Tribunais Superiores possuem entendimento harmônico no sentido de que a apresentação espontânea do agente à autoridade policial não é, por si só, razão bastante para a revogação do cárcere preventivo”, completou.

 

A tendência é que ele fique preso na Cadeia Pública de Jaciara.

 

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