Curso de programador atende demanda do Estado no setor de tecnologia
Adriano Jardel/Seciteci
O curso de programador de sistemas ofertado pelo Governo do Estado, via Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Seciteci), em parceria com a Unemat, atende à falta de profissionais qualificados na máquina pública e demanda reprimida no setor no Brasil e em Mato Grosso. Segundo a Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), o segmento deve demandar 420 mil vagas até 2025.
A avaliação foi destacada pelo secretário da pasta, Prof. Dr. Allan Kardec, e demais autoridades presentes à aula inaugural, como a reitora da Unemat, Prof. Dra. Vera Maquea, na noite de terça-feira (21/3), no Teatro da UFMT, com a presença dos 270 alunos das 3 turmas, além de familiares. A qualificação profissional impacta diretamente na política de emprego e renda.
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“O governador sentiu a necessidade ano passado, quando ele precisou de programadores juniores, tanto dentro do Estado, como para projetos que precisavam de programadores”, afirma o secretário sobre a ideia inovadora do governador Mauro Mendes ao sugerir o curso. “Ele fez questão de investir esse recurso. Nós estamos em uma nova fase do governo de investimento pesado em mão de obra de alta performance”, diz Allan Kardec.
A reitora da Unemat acrescentou o potencial de Mato Grosso para ser com o curso em breve “produtor” e não só consumidor de tecnologia.
“A palavra-chave é o futuro. Nós vivemos uma época em que não conseguimos fazer nada sem as tecnologias digitais”, informa. “Nós no Brasil somos consumidores de tecnologia. E o que vocês vão aprender é serem produtores de tecnologia e inovação”, conclama. “Nós consumimos, não produzimos”.
“Aproveitem esse curso. E quem sabe daqui a pouco nós vamos ter um Estado dando exemplo de como que se forma profissionais nas áreas de TI”, incentivou a reitora.
Demanda do governo
Os 50 melhores alunos em desempenho no curso serão selecionados pelo governo para atuarem por um ano com remuneração mensal de R$ 6 mil, em parceria com a Fundação de Apoio ao Ensino Superior Estadual (Faespe), responsável pelos valores das bolsas a serem ofertadas.
Eles serão direcionados para a MTI e secretarias. A parceria inclui ainda a Escola Técnica Estadual de Cuiabá
Alto padrão de formação
Os alunos já estão motivados com a possibilidade da expansão em uma nova carreira com demanda no mercado. E que pode elevar o nível de qualificação profissional em Mato Grosso.
“É um curso para qualificar a mão de obra boa, para o próprio Estado, sem ter que ficar absorvendo mão de obra de fora também”, avalia a curitibana Isabel Dranka, 33 anos, aluna do curso de programador e professora de Química da Secretaria de Estado de Educação (Seduc-MT), e que atua há 4 anos no Estado.
“Mesmo sendo de curta duração, são 360 horas intensivas, a ideia do curso é que ele seja de alto padrão. Nós temos expectativa extremamente alta, que ele flua e sai daqui sendo programador”, atesta Isabel.
O curso atraiu também diversos perfis de estudantes. “É um desafio grande, porque eu já estudo em período integram na faculdade, mas felizmente consegui ser selecionado. Minha expectativa é descobrir a área que eu vou atuar profissionalmente”, constata Erick Rodrigues da Costa, cuiabano, 19 anos, que estudou ensino médio no IFMT e é estudante do curso de Ciências da Computação da UFMT.
“Eu pensei que seria uma boa oportunidade de melhorar os horizontes, porque é melhor para o futuro, para minha carreira como profissional”, descreve a aluna Aline Ayumi Nakazawa, 19 anos, que estudou no ensino privado e também cursa Ciências da Computação na UFMT.