Professor é afastado suspeito de abusar de alunas em escola
Um professor foi afastado das salas de aula na última sexta-feira (24) pela suspeita de abusar sexualmente de quatro alunas, com idades entre 10 e 11 anos, na Escola Estadual Professor João Florentino Silva Neto, em Cáceres.
Conforme a Secretaria de Educação (Seduc) o professor será submetido a um Processo Administrativo Disciplinar (PAD), que foi aberto pela Diretoria Regional de Educação do polo de Cáceres.
O caso veio à tona na última quarta-feira (22) após as quatro estudantes terem sido trancadas na sala de aula pelo professor, assim que ele teria descoberto o “plano” delas de produzir provas dos supostos crimes que ele cometia.
Conforme o boletim de ocorrência registrado por uma das mães da vítima no dia seguinte ao episódio, na quinta-feira (23), a filha há tempos vinha reclamando do professor.
A menina dizia à mãe que iria matar as aulas dele. A mulher pensou que se tratavam apenas de “birras” da filha e a orientou a continuar frequentando.
Duas semanas antes do corrido, ela foi procurada pela mãe de um colega da filha que perguntou se ela sabia o que estava acontecendo na sala de aula.
Segundo a mulher, o professor fazia gestos obscenos, que não foram especificados, e lambia constantemente os lábios enquanto olhava para as nádegas das alunas, além de ter convidado uma delas a se sentar em seu colo.
Certo dia o professor teria ainda acompanhado a filha da testemunha até o banheiro. A mãe da vítima, que não sabia de nada a respeito dos abusos, questionou a filha, que confirmou a história.
Segundo a menina, ela conseguiu se desvencilhar do professor antes de chegar ao banheiro, mas ele ficou na porta esperando-a.
A mãe decidiu não tomar nenhuma medida e observar a situação.
Trancadas na sala
Na última quarta-feira (22) a mulher chegou à escola para buscar a filha e percebeu que apenas alguns alunos haviam saído da sala.
Ela perguntou para uma colega da filha o que havia acontecido e a menina disse que sua filha demoraria a sair, pois o professor estava “olhando o celular dela”.
A mulher foi até a sala da filha e começou a bater na porta. Logo, outra mãe se uniu a ela e também começou a bater.
Assim que as crianças foram liberadas, as mães foram direto para a coordenação.
A vítima contou que ela e outras colegas tinham “bolado um plano de filmar o que o professor fazia na sala de aula, porque só assim as pessoas acreditariam nelas”.
Outra colega teria contado ao professor sobre o plano e ele teria tomados os celulares delas, obrigando-as a desbloquear o aparelho para ele pudesse excluir os vídeos.
A Delegacia Especializada de Defesa da Mulher, Criança e Idoso de Cáceres recebeu a denúncia sobre o possível crime sexual e investiga o caso.