Declarações pegaram mal; Lula tem sido muito infeliz, diz WF
O senador Wellington Fagundes (PL) criticou as últimas declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) contra seu colega de parlamento, Sergio Moro (União-PR).
Recentemente, Lula disse sentir “muita mágoa” pelo período em que ficou preso em Curitiba por causa dos processos da Operação Lava Jato, cuja Moro era o juiz.
Dias depois, o presidente voltou a atacar o ex-magistrado e fez acusações sem provas de que a Operação Sequaz, da Polícia Federal, deflagrada contra a facção criminosa PCC para proteger Moro, teria sido uma “armação”.
Pegou muito mal. Quem aprova as declarações do presidente? Nem os companheiros dele
Questionado sobre os ataques de Lula ao colega em Brasília, Wellington disse que o presidente precisa superar o período eleitoral e focar nas políticas públicas.
“O presidente fez um ato, digamos assim, de irresponsabilidade. Ele [Lula] é o chefe da nação e já foi eleito. Terminada a eleição, quem ganha deve ter mais humildade do que quem perde. Ninguém governa sem construir entendimento, capacidade de diálogo, inclusive com a oposição”, disse.
“O presidente da República e sua equipe, em vez de trabalhar na área social, emprego, está discutindo questões pessoais”, emendou.
Lula têm acumulado desgastes com as falas. Segundo Fagundes, os congressistas em Brasília dizem que “pegou mal”.
“Pegou muito mal. Quem aprova as declarações do presidente? Nem os companheiros dele. A não ser o ministro da Justiça Flávio Dino. Mas todos os parlamentares com quem temos conversado afirmam que o presidente tem sido muito infeliz”.
Quanto às acusações de ser uma operação armada, Wellington disse confiar nas instituições;
“Não posso acreditar numa armação. Como pode colocar em dúvida toda a investigação da Polícia Federal e do Ministério Público? Isso fica ruim. A população vai acreditar em quem? Eu acredito nas instituições que dão segurança para que tenhamos um país democrático”, afirmou.
Ação no STF
Por conta das falas, o senador Rogério Marinho (PL-RN), encaminhou na última sexta-feira (24) um pedido ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, para que inclua o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no inquérito das “fake news”.
O senador disse aguardar uma resposta célere do ministro.
“Nós esperamos que a Justiça dê uma resposta rápida, até para que isso não continue. É o país perdendo suas energias”, disse.
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