“Temos esperança de que serão encontrados com vida”, diz irmão

A família do empresário paulista Eduardo Sousa de Lima, de 26 anos, que desapareceu na última quarta-feira (19) em Campo Verde, junto com dois funcionários, disse estar com o coração despedaçado, mas ainda acredita que os três serão encontrados com vida.  

 

Segundo o irmão Everton Lima, a principal hipótese para a família é a de que o trio foi pego por engano, confundido com membros de uma facção rival à que atua em Mato Grosso.

 

“O coração da família está despedaçado, nunca imaginamos uma situação dessas. Mas estamos com muita esperança de que os rapazes serão encontrados com vida. Imaginamos que eles tenham sido capturados por alguma facção que os pegou por engano”, disse.

 

Dono de uma pequena empresa de telecomunicações, Eduardo e seus dois funcionários, Elias Lopes da Silva, de 27 anos, e Alexssandro da Silva Felix, de 34, desapareceram em um bar da cidade.

 

O sócio do empresário ficou no hotel em que os quatro estavam hospedados e recebeu a última mensagem de Eduardo antes de o trio ficar incomunicável. “Mano, deu ruim”, dizia a mensagem.

 

O veículo do empresário foi encontrado incendiado em uma estrada de terra da região.

 

O grupo viajou de São Paulo para trabalhar em Campo Verde na instalação de câmeras de segurança em escolas municipais. Eles ficariam por lá mais duas semanas, mas desapareceram no dia seguinte à chegada.

 

Reprodução

Desaparecidos em Campo Verde

Elias Lopes da Silva, Eduardo Sousa de Lima e Alexssandro da Silva Felix

“Ele chegou em Campo Verde no dia 18 e no dia 19 fizeram a vistoria do local, desde então desapareceram e não tivemos mais notícias”, disse.

 

Em sua melhor fase

 

Eduardo foi descrito como um homem trabalhador e brincalhão, um cara “família”.

 

“Ele sempre foi tímido, na dele, mas também um cara alegre, divertido, amoroso, um cara família. Ele nunca apresentou nenhum tipo de comportamento agressivo. Não mexia com droga ou nem nada ligado com o crime. Sempre foi muito trabalhador”, disse Raphaela Botelho, de 26 anos, amiga de longa data do empresário.

 

Para Everton, o irmão estava vivendo a sua melhor fase.

 

“Ele tinha acabado de comprar um apartamento, estava bem feliz com o trabalho dele. Porque ele já tem 10 anos nessa área e depois de trabalhar como CLT começou a empreender”, disse.

 

Dentro da parceria em sociedade, Eduardo atua na parte mais técnica e o seu sócio na parte administrativa do negócio.

 

“Quando soubemos foi muito difícil, minha mãe ficou em desespero, chorou tanto que até os vizinhos ficaram sabendo e tentaram intervir tentando acalmá-la”, disse Everton.

 

“Estamos bem apreensivos, desesperados. A gente não imagina que algo assim aconteceria. Estamos agoniados esperando respostas”, afirmou Raphaela.

 

As investigações seguem em sigilo e detalhes sobre o caso não foram divulgados.

 

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