Investigados por remessa de pedras ao exterior são de Barra; salão era fachada
As quatro pessoas conduzidas coercitivamente pela Polícia Federal na Operação Salão de Ouro, deflagrada nesta terça (19), são de Barra do Garças. Segundo a PF, a suposta quadrilha é apontada como responsável pela remessa ilegal de pedras preciosas para o exterior, que já movimentou mais de R$ 400 milhões. Os mandados de busca e condução expedidos pela Justiça Federal foram cumpridos em Barra e Goiânia (GO).
Embora a atuação da quadrilha tenha ramificação na Capital de Goiás, as pessoas supostamente apontadas na ação criminosa residem ou residiram em Barra do Garças, com fortes laços com a cidade e com uma mineradora responsável pelas larvas de pedras que eram comercializadas para o exterior. As investigações das ações começaram em junho do ano passado.
Segundo o delegado Rafael Valadares, os membros da quadrilha utilizavam um salão de beleza como fachada em Goiânia para operacionalizar o esquema. Durante a ação desta terça, os policiais federais que participaram da operação apreenderam em um apartamento de um dos investigados 29 volumares (sacos) de pedras de origem ainda desconhecidas.
“Vamos solicitar a perícia do material para identificar a espécie e também o volume em moeda que poderia ser arrecadado caso fosse enviada ao exterior, como vinha acontecendo”, diz o delegado, ressaltando que a quadrilha se utilizava também de uma empresa para o comércio clandestino.
De acordo com Rafael, foram cumpridos na operação sete mandados judiciais expedidos pela Justiça Federal de Barra, sendo quatro de busca e apreensão e três condução, dos quais dois foram em Barra. Por determinação de uma portaria do departamento da PF em Brasília, os nomes dos investigados não foram divulgados. Todos negam participação no esquema. A Polícia Federal levantou que a quadrilha já movimentou cerca de 600 toneladas de ouro e aproximadamente R$ 400 milhões em dinheiro. (FA/RDNews)