Estudante vende bombons para manter intercâmbio

Ivan de Jesus/Centro América FM

A estudante de direito Raquel Nabarrete, da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), campus do Araguaia, participará no próximo ano de um intercâmbio social, na cidade de Lima, no Peru. Ela vai trabalhar como voluntária em um projeto social em Lima, no Peru, durante 42 dias.

Para pagar as despesas durante o período de intercâmbio, a estudante que mora em Barra do Garças, a 516 km de Cuiabá, está trabalhando como garçonete em uma lanchonete e vendendo bombons na rua e rifas.

“Estou fazendo bastante coisas para arrecadar o dinheiro, porque se trabalhar bastante somos capazes de realizar nossos sonhos”, declarou a jovem de 20 anos.

Raquel faz parte do grupo de extensão da UFMT “Fazendo artes”, que leva cultura e integração por meio de peças teatrais, formuladas pelos próprios estudantes.

As peças são apresentadas em comunidades carentes e escolas públicas estaduais e municipais. “Vou trabalhar com crianças de 5 a 12 anos que sofreram bullying e que estão ali à margem da sociedade mesmo, que precisam de uma atenção especial”, afirmou.

A estudante diz que sempre sonhou em fazer intercâmbio e, por estar ligada ao lado social, a oportunidade de ir ao Peru, foi só o gatilho para ela lutar pela realização do sonho. “Sempre sonhei em fazer um intercâmbio e em 2018 eu decidi que iria fazer um intercâmbio social”, disse.

Apesar de muitas pessoas terem o fascínio por conhecer a Europa e as suas belezas históricas, Raquel afirma que sempre quis conhecer algum país da América do Sul e que há também muito a aprender no nosso continente.

“Eu escolhi o Peru pela cultura, pela história, pela situação sócio- econômica, pela língua, eu amo a língua espanhola e é a que tenho mais afinidade também”, declarou Raquel.
O período universitário é de descobertas, experimentos e realizações. Afinal, quando estamos na faculdade, conhecemos diversas áreas, além da específica do nosso curso e com isso ganhamos mais experiência e habilidades.

Há muitos projetos nas faculdades onde o estudante pode inclusive viajar para outros países, apresentar trabalhos e representar o estado e o Brasil. E foi em busca de ampliar a rede de co-nhecimentos e levar o próprio saber para outras culturas.