Mendes: modelo atual é “burro”, mas MT não pode sair perdendo

O governador Mauro Mendes (União) avalia que a legislação tributária do País é “burra” e “complexa”, demonstrando apoio a uma mudança, desde que não prejudique Mato Grosso.

 

Mato Grosso, que hoje é o que mais cresce, passará a ser o Estado que menos cresce

“Em linhas gerais, 100% dos governadores, como talvez 100% da população, concordamos que deva ter uma reforma tributária no Brasil, porque todo mundo sabe que nós temos uma tributação cara, burra e que é muito complexa”, afirmou nesta semana.

 

“É uma carga gigantesca para as empresas cumprirem e que ao final esse sistema está sendo ruim para o País”, completou.

 

No entanto, apesar de entender a necessidade da reforma, Mendes declarou que não aceitará que Mato Grosso seja prejudicado pela mudança.

 

Em reunião no Fórum Nacional de Governadores, na última quarta-feira (24), o governador expressou sua preocupação com a perda de arrecadação que o Estado pode ter nos próximos anos.

 

“Nessa proposta tem cinco estados que são super ganhadores e tem cinco estados que são super perdedores. O Distrito Federal, por exemplo, em 40 anos vai crescer sua arrecadação em mais de 300%, enquanto Mato Grosso, que hoje é o que mais cresce, passará a ser o Estado que menos cresce”, disse.

 

Mendes acredita que há algo errado no texto e não vê sentido no Estado ser o que menos arrecada, tendo o agronegócio como carro-chefe.

 

“Nós estamos no agronegócio, provavelmente nos próximos anos haverá demanda mundial por alimentos. Existe muita coisa que não se coloca nessa rota”.

 

A proposta em discussão atualmente prioriza a tributação no local de consumo, o que vai prejudicar estados produtores e com baixa densidade populacional como Mato Grosso.

 

 

 



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