Juíza lembra histórico de agressões e mantém ex-marido preso
A Justiça de Cáceres manteve a prisão de Adilson da Silva Arruda, de 33 anos, acusado pela morte da ex-companheira Fatima Evanilda Pereira, de 49. Ele foi preso em flagrante nesta segunda-feira (19) asfixiando a vítima até a morte.
Verifico que a prova da materialidade e os indícios de autoria dos crimes são incontestáveis
A juíza da 2ª Vara Criminal da Cidade, Alethea Assunção Santos, afirmou que diante do “histórico de agressões anteriores” e das provas de autoria do crime foi necessária a manutenção da prisão.
“Verifico que a prova da materialidade e os indícios de autoria dos crimes são incontestáveis, haja vista a prisão em flagrante do custodiado logo após a ocorrência do crime de feminicídio, pelos policiais que atenderam a ocorrência”, disse em trecho do documento.
Fatima chegou a registrar um pedido de medida protetiva contra o ex, que não aceitava o fim da relação. No pedido registrado no dia 10 de junho, a vítima afirma que Adilson estava transtornado e quebrando objetos de sua cada, além de tê-la ameaçado.
A defesa tentou usar os depoimentos dos policiais que atenderam a ocorrência para pedir o relaxamento da prisão. “Em que pese os argumentos expendidos pela Defesa, o fato de serem iguais os depoimentos prestados pelos policiais não pode ser usado como argumento para desconstituir o auto de prisão em flagrante, por se tratar de mera irregularidade”, disse.
Segundo a magistrada, a prisão foi efetuada legalmente “nos termos do artigo 310, inciso II, do Código de Processo Penal”.
A prisão de Adilson, portanto, foi convertida de flagrante em preventiva.
O crime
A Polícia Militar foi acionada às 12h30 por testemunhas que ouviram a vítima gritar. O crime aconteceu no Residencial Bem Viver, localizado no Bairro São Miguel.
Ao chegarem, os militares encontraram a casa trancada por dois grandes cadeados. Eles então chamaram os moradores e ligaram a sirene da viatura, mas não houve resposta.
Um vizinho surgiu dizendo que Fatima tinha parado de gritar havia pouco tempo. Para ajudar os policiais a entrar no imóvel, ele emprestou um alicate, que foi usado para arrebentar os cadeados.
Quando os militares entraram na casa, encontraram A.S.A. estrangulando Fatima e o prenderam.
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