Quadrilha especializada em roubo de caminhonetes trocava veículos por drogas na fronteira
As investigações da Operação Kuron, deflagrada na última semana (4 de julho) pela Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Veículos de Cuiabá (Derfva), mostraram que a quadrilha responsável por roubar, aproximadamente, 60 caminhonetes do modelo Hillux em bairros nobres de Cuiabá e Várzea Grande agiam com o aval de facção criminosa. A quadrilha precisava de uma grande estrutura para conseguir chegar na fronteira do Brasil com a Bolívia para trocar os veículos por drogas.
Os delegados responsáveis pela operação, Diego Alex Martimiano da Silva e Edson Arthur Teixeira Peixoto, falaram sobre a destinação destes veículos e esclarece a suspeita de vinculação da quadrilha com facção criminosa.
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“Nós percebemos que há a subtração desses veículos, o encaminhamento dos veículos para o para o país vizinho, pra Bolívia. Então, a gente não tem indícios materiais que possam comprovar isso, mas não há dúvida que esse grupo tem uma vinculação com a organização criminosa por conta dessa atuação, dessa cadeia criminosa necessária para dar a destinação do veículo”, explica Diego.
Martimiano conta que a pratica de enviar veículos de alto valor comercial à fronteira para ser trocada por drogas não é algo novo, a novidade dessa quadrilha é a modalidade e agilidade dos criminosos nos furtos. As caminhonetes eram furtadas com chave de fenda em, apenas, 10 segundos.
“Fui delegado na região de fronteira, e esse tipo de crime, de encaminhar veículos de alto valor, principalmente Hilux, não é de agora. A novidade agora é essa modalidade de furto, mas o roubo de Hillux sempre ocorreu e, basicamente, eles levam esse veículo e trazem droga”, conta Diego.
Além da troca de caminhonetes por drogas na fronteira do Brasil, há uma pequena quantidade que é desmanchada para a venda de peças e foram inseridas no mercado na forma de golpe, principalmente em aplicativos de vendas.
Todas as caminhonetes furtadas na região da Baixada Cuiabana eram de alto padrão, a mais barata dos modelos roubados custava R$ 300 mil. Com os 60 furtos feito pela quadrilha, o prejuízo acumulado chega a aproximadamente R$ 18 milhões.
Para saber mais sobre os furtos de Hillux, clique AQUI.