Bortolin diz que Neurilan afastou AMM do TCE de pede reaproximação

O candidato à presidência da Associação Mato-Grossense dos Municípios (AMM), Leonardo Bortolin (MDB), defendeu nesta quinta-feira (3) a reaproximação da AMM com outras instituições como o Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT).

 

Segundo ele, caso eleito, esta será prioridade zero da futura gestão.

 

Em entrevista a rádio Cultura, Bortolin antecipou que já abriu o diálogo com o Poder Judiciário, Ministério Público e com o próprio TCE.

 

Segundo ele, o foco das conversas com o TCE é possibilitar a qualificação técnica dos servidores municipais de forma eficiente e gratuita.

 

“O TCE deixou de ser uma entidade de caráter punitivo e passou a ser uma entidade de caráter preventivo. É um Tribunal inovador e eu vejo que a AMM não acompanha essa evolução. Então, o Tribunal de Contas vai ser nosso parceiro número um para que a gente possa promover qualificação técnica, usar a Escola de Contas, levar o Tribunal de Contas para dentro da AMM e a AMM para dentro do Tribunal de Contas”, afirmou Bortolin.

 

Ainda conforme o candidato, a meta é ter braços da AMM trabalhando junto aos conselheiros em suas áreas de especialidade, mas, principalmente, fornecer qualificação para secretários, equipes gestoras e de convênios, dentre outros setores sensíveis nas prefeituras. 

 

“Hoje nós temos cada conselheiro cuidando de um setor, a exemplo do conselheiro Sérgio Ricardo que faz um trabalho excelente e extraordinário na área ambiental, como nós temos outros conselheiros que cuidam da área de desenvolvimento, da infraestrutura e nós vamos colocar a AMM para trabalhar aos lados desses conselheiros e, principalmente, a ferramenta de qualificação técnica”, pontuou.

 

“Os municípios necessitam qualificar sua mão de obra e custa caro qualificar. O Tribunal de Contas tem condições de auxiliar, a AMM vai se aproximar e nós vamos ofertar isso de maneira gratuita”, completou. 

 

Registro às escondidas

 

Durante a entrevista, Bortolin também comentou sobre o episódio polêmico protagonizado pela chapa adversária, encabeçada pelo atual presidente da AMM, Neurilan Fraga, no ato do registro de chapa. 

 

Segundo Bortolin, a advogada de Neurilan teria impedido a chapa de oposição de ter acesso aos documentos do registro dos adversários. 

 

“A documentação deve ser pública, tanto as certidões, quanto as assinaturas, composição de chapa, todos os documentos para habilitação do registro são públicos e não pode acontecer como aconteceu com advogada da AMM, que é advogada pessoal do candidato adversário e não compõe a Comissão Eleitoral, acabou colocando o envelope embaixo do braço, não autorizou o time da renovação, os advogados, olhar a documentação, grampeou e saiu”, contou. 

 

Depois do episódio, o prefeito de Poxoréu, Nelson Paim, enviou ofício para o presidente da Comissão Eleitoral da AMM, Osmar Frorner, solicitando o acesso à documentação. Contudo, antes mesmo do ofício, a chapa de Bortolin teria tentado contato com Froner diversas vezes por telefone sem obter retorno.

 

A situação foi contornada com uma reunião na manhã de quarta-feira, mas mesmo com o acesso à cópia das documentações, Bortolin afirmou que vê com estranheza o episódio.

 

“Causa muita estranheza ainda mais quando se tem um pressuposto de alterações regimentais para atingir interesses próprios, quando vai se alterando o estatuto na surdina, quando aprova-se uma mudança no estatuto que não foi aquilo que está constado em ata”, afirmou.

 

“Então quando você já tem histórico de alterações assim, causa muita estranheza não ter deixado ver a documentação, a advogada pessoal do presidente que é advogada da AMM e não faz parte da Comissão Eleitoral, guardar essa documentação com ela e tirar de dentro da AMM, infelizmente são movimentos que causam muita estranheza num cenário de uma eleição que deveria ser democrática”, acrescentou.



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