Mais seis mulheres denunciam religioso por abusos sexuais
Mais seis vítimas denunciaram o líder religioso de um Centro Espírita em Lucas do Rio Verde por crimes sexuais. Ao todo já são nove mulheres do Município e de Sinop acusando o religioso, que foi preso preventivamente na última quarta-feira (2), após as denúncias.
Todas com uma similaridade de detalhes e informações que condizem, mantendo o mesmo modus operandi que as outras vítimas haviam relatado
Segundo a delegada Ana Carolina Terra, em entrevista coletiva na imprensa local, os depoimentos são de mulheres que não se conhecem e mesmo assim os detalhes relatados revelam um mesmo modus operandi.
“Desde o cumprimento do mandado de prisão desse líder espiritual, já surgiram mais quatro vítimas. Todas com uma similaridade de detalhes e informações que condizem, mantendo o mesmo modus operandi que as outras vítimas haviam relatado”, afirmou.
Até então eram três vítimas em Lucas do Rio Verde e mais duas em Sinop. Depois da prisão, outras quatro vítimas denunciaram o religioso.
“A semelhança nos relatos de todas as vítimas dá uma verossimilhança, mais força para manter uma unicidade de informações”.
O religioso é acusado de usar chás em rituais e supostas curas espirituais para cometer os abusos. Em depoimento ele negou ter cometido o crime.
“Ele ofertou sua versão dos fatos e apontou que fazia atendimentos tanto em Lucas do Rio Verde como em Sinop e Alta Floresta. Ele nega os fatos, apresentou uma versão negando tudo”, disse.
A versão apresentada pelo religioso não foi apresentada pela Polícia à imprensa para que a investigação não seja comprometida, bem como mais detalhes sobre a dinâmica dos abusos relatados pelas vítimas.
A delegada ainda incentivou outros fiéis, caso tenham sido vítimas do religioso, a denunciar o caso.
“Se você foi vítima desse líder espiritual, procure a unidade policial de sua localidade e registre a ocorrência, relate com detalhes o que aconteceu para que a gente forme o maio número possível de elementos de convicção”, afirmou.
O líder religioso atua no ramo há cerca de 20 anos e as denúncias, conforme a Polícia, datam de até dois anos atrás, por ora.
A Polícia Civil segue investigando o caso.
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