Júlio: Se Botelho sair do União, partido não vai para 2º turno
O deputado estadual Júlio Campos disse acreditar que o União Brasil não chegará ao segundo turno das eleições em Cuiabá, em 2024, se o deputado estadual Eduardo Botelho trocar de partido antes do pleito.
Atualmente, o União vive um racha por conta de duas pré-candidaturas para o Palácio Alencastro. Botelho e o chefe da Casa Civil, Fábio Garcia.
Garcia, entretanto, tem o apoio do governador Mauro Mendes, que é o presidente do partido.
Júlio disse que os candidatos de outros partidos são fortes e que, se o partido se desunir, não terá chances na disputa.
“Se estivermos unidos, teremos chance de ir para o segundo turno e até ganhar as eleições da Prefeitura de Cuiabá, o que não será fácil. Se dividir agora, não vamos sequer para o segundo turno. Corremos o risco de ficar sem uma perspectiva de disputar a sucessão e o partido sendo obrigado a apoiar outro candidato”, disse.
Estávamos pedindo calma, a pré-escolha do candidato está muito precipitada. A janela partidária se abre em março do ano
“Nós temos adversários potencialmente fortes, como é o caso do Abílio, Lúdio Cabral ou Rosa Neide e não podemos desconsiderar o vice-prefeito José Stopa e outros nomes. Se o União partir unido, temos chances de ir para o segundo turno e ganhar”, acrescentou.
Discussão precipitada
O deputado afirmou que são precipitadas as discussões sobre quem será o candidato do União para concorrer à Prefeitura e que, se Botelho romper com o partido, Mendes terá dificuldades nas articulações com o Poder Legislativo.
“Estávamos pedindo calma, a pré-escolha do candidato está muito precipitada. A janela partidária se abre em março do ano que vem e a eleição só em outubro, então para que essa precipitação? O partido tem que fazer tudo para permanecer unido. Nenhum partido é homogêneo, o União Brasil é uma composição de forças”.
“O Botelho entendeu isso, junto com o Fábio Garcia. Nós temos que levar esse processo de sucessão até o final do ano com diálogo, porque – se houver rompimento – o governo Mauro Mendes teria dificuldades maiores no Poder Legislativo”, completou.