Policial vira réu por matar motorista de aplicativo por “vingança”; “tentou estuprar minha esposa durante uma corrida”

 

A Justiça acolheu denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) contra o policial militar Diogo Donald Correa das Neves pelo crime de homicídio qualificado contra o servidor público e motorista de aplicativo Marcelo Oliveira da Costa.

A decisão é assinada pelo juiz Murilo Moura Mesquita, da 1ª Vara Criminal do Município, e foi publicada nesta semana.

O crime ocorreu em abril deste ano, no Bairro Jardim Paula II, em Várzea Grande.

A vítima era servidor na área da Saúde em Várzea Grande e nas horas vagas atuava como motorista de aplicativo.

Na denúncia, o promotor de Justiça César Danilo Ribeiro de Novais, afirmou que Diogo agiu por “vingança”. O réu alega que Marcelo tentou estuprar sua esposa durante uma corrida por aplicativo.

Conforme a denúncia, o policial se deslocou até a casa da vítima com uma pistola e permaneceu na espreita até Marcelo aparecer na área externa da casa. Ao avistá-lo, atirou atingindo-o de surpresa.

O promotor pede que Diogo seja levado a júri popular e, caso condenado, seja recolhido imediatamente a uma unidade prisional. O policial responde o processo em liberdade.

O promotor ainda pediu que o policial seja condenado a pagar uma indenização de danos morais aos familiares de Marcelo.

Suposta tentativa de estupro

Em depoimento, o policial alegou que no dia dos fatos, foi encontrar com sua esposa na casa de sua sogra e quando lá chegou reparou que ela estava em estado de choque, chorando copiosamente.

A mulher, segundo ele, relatou que havia pegado um veículo por aplicativo e o motorista teria abusado dela, sacando uma arma e mudando o trajeto da corrida.

Ainda segundo o policial, a esposa contou que conseguiu fugir pulando do carro em movimento e pedindo ajuda para duas pessoas que estavam próximas a uma igreja.

Ele disse que procurou a placa do veículo pelo registro do aplicativo e consultou o endereço do motorista por um aplicativo de internet.

De posse das informações, foi até a casa de Marcelo e teria encontrada a arma usado no crime no banco do carro da vítima.

“Que perguntado por que não chamou a Polícia Militar pelo número 190, reconhece que ficou tomado pelo sentimento de raiva e pensou em só chamar quando estivesse na casa da vítima, mas que as coisas fugiram do seu controle, sendo que sua intenção era de realizar a prisão do motorista. Que perguntado do porquê evadiu-se do local, afirmou que ficou assustando com o desfecho da situação e com receio das consequências e agiu sem pensar”, diz trecho do documento.

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