Em seis anos, 626 pessoas morreram vítimas de acidentes de trabalho em MT
Do G1 MT
e 2012 a 2017, pelo menos 626 pessoas morreram vítimas de acidentes de trabalho em Mato Grosso, segundo dados divuldados pelo Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho na última segunda-feira (5).
No ranking dos estados, Mato Grosso aparece em 11ª posição 60.418 acidentes de trabalho comunicados nesse período. Isso, conforme o levantamento, resultaram no pagamento de 33.442 auxílios-doença, gerando um impacto previdenciário de R$ 275,3 milhões com os afastamentos e mais de 5,9 milhões de dias de trabalho perdidos.
De acordo com o observatório, em todo o país, a maior parte dos acidentes entre 2012 e 2017 foram causados por máquinas e equipamentos (15%), atividade em que as amputações são 15 vezes mais frequentes e que gera três vezes mais vítimas fatais que a média geral.
Segundo o observatório, atividades relacionadas a abate de reses (exceto suínos) e cultivo de soja e atendimento hospitalar são os que lideram as comunicações de acidentes de trabalho em Mato Grosso sendo responsáveis por 25% (15.263) das comunicações de acidentes de trabalho.
Ao longo dos últimos anos, acidentes desse tipo foram registrados em Mato Grosso. Em maio de 2013, um trabalhador morreu em um silo de armazenagem de soja localizado em Canarana, a 838 km da capital, após ser sugado pela hélice que triturava os grãos.
Já em novembro de 2016, um trabalhador de 28 anos morreu em Tangará da Serra, a 242 km de Cuiabá, após dois silos que armazenavam milho em um armazém desabarem sobre ele. Na época, o Corpo de Bombeiros levou sete horas para encontrar o corpo da vítima, que foi identificada como Rogério Evangelista de Souza.
Três meses depois, um acidente similar foi registrado em um armazém de soja no Distrito de Boa Esperança do Norte, no município de Sorriso, a 420 km de Cuiabá. Naquela ocasião, Edivane Silva, de 40 anos, foi soterrado e chegou a ser socorrido, mas morreu após dar entrada no hospital.
Atividades relacionados à construção de edifícios também está entre as 10 que mais registram acidentes, sendo 1.590 notificações nos últimos seis anos.
Em agosto do ano passado, por exemplo, um trabalhador da área de construção civil morreu após cair do 13º andar de uma obra em que trabalhava, em Rondonópolis, a 218 km da capital. Lindomar da Silva Gomes, de 49 anos, atuava como carpinteiro e sofreu a queda após a presilha do equipamento de segurança se soltar.