Seria cômico se não fosse trágico
A expressão “seria cômico se não fosse trágico”, é muito importante porque nos faz refletir sobre a natureza da comédia e da tragédia.
A chamada em questão, está voltada a uma comédia pastelão; que acabou desembocando em uma tragédia anunciada. (Explico).
O Ministério Público Federal (MPF), é uma instituição que tem como função essencial à Justiça a defesa dos direitos sociais e individuais, a defesa da ordem jurídica e a defesa do regime democrático.
O Ministério Público Federal (MPF), é uma instituição autônoma e independente que tem como função essencial à Justiça a defesa dos direitos sociais e individuais indisponíveis, a defesa da ordem jurídica e a defesa do regime democrático, de acordo com a Constituição Federal de 1988.
Embora, tenha maior respeito e consideração pela nossa gloriosa Polícia Federal (PF), que é uma instituição, polícia brasileira, subordinada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, que, de acordo com a Constituição de 1988, exerce com exclusividade as funções de polícia judiciária da União.
Eis, que os poderes constituídos, da alçada federal (leia-se), Ministério Público Federal de São Paulo decidiu acompanhar a investigação da Polícia Federal (PF), sobre suposto crime de importunação intencional de uma baleia-jubarte, em São Sebastião, litoral Norte de São Paulo, em junho deste ano.
O inquérito do fim do mundo foi com base em vídeo que mostra um homem pilotando um jet-ski e se aproxima do grande cetáceo, que pode atingir 15 metros de comprimento e pesar até 30 toneladas.
A ‘suspeita’ da Procuradoria é que o ex-presidente Jair Bolsonaro, seria o condutor do veículo aquático, que ficou muito perto do mamífero, caracterizando “molestamento intencional de baleia”; sem comentários.
Enquanto isso, o maior bioma brasileiro o Pantanal, mato-grossense está em chamas, matando uma infinidade de animais, que estão em risco de extinção, vou citar alguns: onça-pintada, onça parda ou suçuarana, cervo-do-pantanal, arara-azul-grande, lobo-guará, ariranha, entre outros.
O governo do estado de Mato Grosso, na pessoa do Mauro Mendes, vem fazendo o dever de casa com maestria no que tange a debelação do fogo intenso no Pantanal.
Mesmo assim, o incêndio já destruiu mais de um milhão de hectares do Pantanal, isso significa mais de 7% das áreas preservadas.
Para isso, conta com mais de 200 brigadistas que se revezam, para controlar as chamas; são mais de 3 mil focos de incêndio só em novembro. Falei um pouco do meu Estado, porém quase toda região Norte está em chamas.
Este ano, a Amazônia registrou em junho maior número de queimadas em 16 anos.
Com a catástrofe da queimada em curso; até o momento, não conseguimos ouvir os gritos dos desesperados protetores do meio ambiente, como aconteceu em 2022.
Faltaram os gritos efusivos do: Emmanuel Macron, Gretatumber, Leonardo DiCaprio, Mark Buffalo; sumiram também os famosos artistas brasileiros, como: Nano Reis, Arnaldo Antunes, Diogo Nogueira, Gilberto Gil, Caitano Veloso, Maria Betânia, Camila Pitanga, Daniela Mercury, Samuel Rosa, Milton Nascimento, alguém tem notícias desse povo.
Até o momento, o assunto caminhava no campo da queimada e vida animal; como o tema tem relação com zelo e preservação de vidas.
Paradoxalmente a tudo que foi dito até então; agora, vou abordar um tema triste e revoltante, a morte do senhor Cleriston Pereira da Cunha 46 anos, morreu após passar mal no Complexo Penitenciaria da Papuda, na segunda-feira (20).
Deixa esposa e duas filhas uma de 19 outra de 22; esse episódio revoltante, deixa claro, a falta de capacidade de amar das pessoas, de perdoar e entender o ser humano.
Para fechar com chave de ouro; na abertura da sessão da quarta-feira (22), o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, se solidarizou com a família de Cleriston Pereira da Cunha.
Que esteve preso por 80 dias, o mesmo, era portador de uma série de comorbidades. Com a palavra, a família enlutada.
Licio Antonio Malheiros é geógrafo.