Coronel critica indicação de Dino: Lula quer puxadinho no STF
O deputado federal Coronel Assis (União) afirmou ser “moralmente questionável”, a indicação do ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), ao Supremo Tribunal Federal. Para ele, os petistas tentam aumentar a influência sobre o STF.
O presidente Lula (PT) anunciou a nomeação na tarde desta segunda-feira (27), uma hora antes de uma viagem ao Oriente Médio rumo à COP28. O cargo estava vago há dois meses, após a aposentadoria de Rosa Weber.
“A intenção é fazer um puxadinho da presidência da República, do próprio Lula [no STF]”, afirmou o deputado em entrevista ao MidiaNews.
“O Flávio Dino promove a todo instante atitudes não democráticas, não constitucionais. Moralmente falando, não indicaria alguém nessas condições”, acrescentou.
Para Assis, Dino não tem as condições exigidas para se tornar um ministro do STF. E citou situações que, para ele, demonstram descaso com a Constituição Federal.
“Essa recusa do Dino em comparecer a convocações do Congresso, das câmaras temáticas de segurança pública e combate ao crime organizado, denota um verdadeiro descaso à questão constitucional. Será que essa é a postura que ele também terá no STF?”, questionou.
O coronel também mencionou a visita de Luciane Farias ao Ministério da Justiça. Segundo a imprensa nacional, ela é casada com Clemilson dos Santos Farias, condenado há 31 anos de prisão por ser um dos líderes da facção criminosa Comando Vermelho no Amazonas.
Flávio Dino promove a todo instante atitudes não democráticas, não constitucionais
“Há poucas semanas o Ministério da Segurança enfrentou um dos escândalos mais horríveis que já vimos, que foi a visita e reunião da ‘Dama do Pó’ nas dependências do ministério. Ele [Dino] fala que não sabia”, disse.
“Se ele não consegue comandar um ministério que tem poucos servidores, como estará no STF com todo o poder que existe dentro da corte judicial?”, ironizou.
Sabatina
Agora, a indicação de Lula segue para a análise do Senado. Ele passará por uma sabatina.
Nas redes sociais, Dino declarou que investirá nas negociações em busca de apoio.
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