Pedreiro que matou mãe e filhas assassinou jornalista em Goiás

O pedreiro Gilberto Rodrigues dos Anjos, de 32 anos, preso pelos assassinatos de uma mulher e suas três filhas em Sorriso, na segunda-feira (27), era procurado pelas Justiça de Mineiros (GO) pelo latrocínio do jornalista Osni Mendes.

Gilberto encontra-se custodiado cautelarmente há mais de 160 dias e não há acusação regularmente formulada

 

Segundo o G1 de Goiás, que teve acesso ao inquérito e à denúncia do caso, a vítima e Gilberto teriam se conhecido em um bar na madrugada de 22 de dezembro de 2013.

 

Conforme o processo, após um tempo de conversa, Osni decidiu ir a outro bar e ofereceu carona a Gilberto. No trajeto, o jornalista teria dito que queria urinar, parado o carro, e pedido que o pedreiro também descesse para “esticar as pernas”.

 

Assim, já fora do veículo, Gilberto teria alegado que Osni tentou beijá-lo à força, momento que a vítima foi empurrada por ele e recebeu diversos socos no rosto. Os dois então teriam começado a brigar, até que Osni foi nocauteado.

 

Depois de desacordar a vítima, ainda conforme a acusação, Gilberto tirou a camisa do jornalista e o matou enforcado ainda na rua. Em seguida, ele roubou o carro de Osni e fugiu para a chácara de um amigo.

 

Gilberto só foi preso cinco dias depois. Segundo a imprensa local, nesse meio tempo o acusado utilizou o carro da vítima para buscar cervejas. Quando foi localizado pela Polícia em um bar, o pedreiro assumiu a autoria do crime. 

 

Prisão, relaxamento e fuga

 

De acordo com o portal, Gilberto foi preso preventivamente na época e ficou mais de 5 meses detido. Em junho de 2014, ele teve que ser colocado em liberdade pela demora na conclusão do inquérito sobre o crime.

 

“Gilberto encontra-se custodiado cautelarmente há mais de 160 dias e não há acusação regularmente formulada pelo Estado em seu desfavor”, considerou o juiz Fábio Vinícius Gorni, na época, ao conceder o relaxamento.

 

Um tempo depois, houve uma intimação para que Gilberto prestasse esclarecimentos sobre o caso, mas ele já não foi mais encontrado. 

 

Conforme o G1, somente mais de três anos depois, em 24 de janeiro de 2018, a Justiça expediu um mandado de prisão preventiva contra ele, que só foi cumprida neste ano, na segunda-feira (27), em Sorriso.

 

A chacina de Sorriso

 

O crime em Sorriso ocorreu na sexta-feira (24), quando Gilberto, que trabalhava e morava em uma obra ao lado da casa das vítimas, invadiu o imóvel por uma janela do banheiro. Segundo a Polícia, o pedreiro teria dito que queria somente furtar objetos.

 

Porém, ele teria sido flagrado por Cleci Calvi Cardoso, de 47 anos, e os dois começaram a lutar, momento em que uma caixa com talheres teria caído no chão. Ele então teria pego uma faca, que utilizou para esfaquear a mulher.

 

Em seguida, Gilberto esfaqueou Miliane Calvi Cardoso, de 19 anos, que tentou ajudar a mãe, e a adolescente de 13 anos. A outra menor, de 10 anos, foi asfixiada por ele até a morte. Cleci, Miliane e a adolescente ainda foram estupradas pelo pedreiro, afirmou a Polícia.

 

Depois do crime, Gilberto pegou peças de roupas íntimas das vítimas, saiu pela janela, e retornou à obra. Os corpos de mãe e filhas só foram descobertos na segunda-feira (27), quando o pedreiro foi preso na construção.

 

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