Juíza quebra sigilos e manda prender empresário suspeito
A Justiça de Mato Grosso decretou a quebra do sigilo telefônico dos investigados na morte do assessor parlamentar Sérgio Barbieri, de 73 anos, e determinou a prisão preventiva de um empresário suspeito pelo crime.
A decisão foi tomada pela juíza Kátia Rodrigues Oliveira, da Vara Única da Comarca de Poconé, que também manteve a prisão de um dos acusados.
O corpo de Barbieri foi encontrado na madrugada de domingo (28), escondido em um matagal da Rodovia Transpantaneira. A vítima tinha pelo menos seis perfurações no tórax e cabeça.
O empresário Ezequiel Padilha de Souza Ferreira e Weverton Cesar de Brito foram apontados como autores do crime por adolescentes que estavam circulando na cidade com o carro da vítima.
Weverton, que foi preso em flagrante logo após a apreensão dos cinco adolescentes, teve a prisão convertida em preventiva.
Em relação a Padilha, a magistrada escreveu que a “materialidade e autoria restaram demonstradas nos autos através de relatórios minuciadas das investigações, Boletim de Ocorrência, Termo de depoimento, relatório policiais”.
“Verifica-se que, no caso em análise, o indiciado supostamente foi o autor direto do crime de latrocínio, tendo desferido os tiros contra a vitima mesmo após, ter a vitima já em seu domínio. Conforme ainda declarações o representante supostamente é quem arquitetou toda a ação criminosa”.
Quebra de sigilo
Segundo as investigações, o assessor pode ter sido atraído por uma emboscada por um dos adolescentes apreendidos com quem ele mantinha uma “relação amorosa”.
“Verifico que estão presentes os pressupostos que autorizam a quebra de sigilo, pois as infrações objeto da investigação são graves e punidas com a pena de reclusão e reprovabilidade, eis que se trata de supostos cometimento de latrocínio, associação criminosa, ocultação de cadáver e corrupção de menores”, diz trecho de documento.
O caso
No boletim de ocorrência, os menores disseram que tanto o empresário quanto Weverton foram os executores da vítima. Um estaria armado com uma pistola e o outro com um revólver.
O corpo de Barbieri foi encontrado em uma moita próxima ao monumento de São Francisco.
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