Estudantes ocupam reitoria e protestam contra aumento do restaurante da UFMT; Barra participa

Estudantes da UFMT estão fazendo nesta sexta (20) desde início da manhã uma série de protestos nos campi da Cuiabá, Barra do Garças e Sinop, que são os três maiores da instituição, contra aumento do preço da refeição no Restaurante Universitário, que custa R$ 1 para todos e vai subir para R$ 5 para parte da clientela. Quem comprovar baixa renda, ficará isento de pagar.

Posição marcada pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE) é a de que isso vai restringir boa parte dos universitários do direito de se alimentar, porque muitos são do interior e de outros estados e têm pouco dinheiro para sobreviver. Além disso, o Diretório defende também que em uma universidade pública alimentação e outros serviços sejam acessíveis a todos.

Nesta manhã, na Capital, manifestantes ocuparam a reitoria e invadiram a sala de reunião onde faziam negociações a reitora Myrian Serra, representante do Ministério da Educação e de empresariado que fornece as refeições. Afirmando que só sairiam mediante uma posição clara da reitoria, levantaram faixas e fizeram cobranças.

A reitora alegou que haverá audiências públicas sobre o assunto e que o novo modelo seria mais justo. Publicamente, a UFMT ainda não se posicionou sobre os protestos que ainda estão em curso. Mas sobre a nova política alimentar considera que é importante porque a institução tem limite orçamentário.

Em Barra, o DCE coordena nesta sexta manifestação no portão de acesso à UFMT, campus Araguaia. A entrada ficará bloqueada até as 15h.

Com faixas, cartazes, queima de pneus e palavras de ordem, cerca de 250 estudantes formaram um cordão de isolamento em frente ao portão para impedir que professores, técnicos administrativos e alunos tenham acesso ao interior do campus. A exceção é apenas para acadêmicos necessitam de experimentos laboratoriais.

Segundo o representante do DCE, Luiz Guilherme Carvalho, o ato é uma forma de mostrar o descontentamento com as arbitrariedades da reitoria da UFMT em relação a nova política de alimentação do RU.

“Atualmente, o subsídio é R$ 9 reais, com o aluno pagando apenas R$ 1 real e a nova proposta pró-reitoria de Assistência Estudantil aumenta o preço para R$ 5 reais. Isso não é compatível com a realidade do campus e socioeconômica dos estudantes”, protestou.

O pró-reitor do campus Araguaia, professor Paulo Jorge, considerou a manifestação legítima. Segundo ele, na próxima terça (24), a reitora da UFMT, professora Myrian Serra, estará em Barra do Garças discutindo em audiência pública uma saída para o impasse de forma democrática.

Em Sinop, manifestantes também trancaram o portão da instituição e fazem falas contra o aumento do RU na entrada da UFMT.

No dia 20 de fevereiro deste ano a UFMT divulgou o seguinte informe sobre a mudança da política alimentar na instituição e informando que a aplicação da mudança seria gradual. (Francis Amorim e Keka Werneck/RDNews)