DHPP: Dona de creche bateu cabeça de bebê ao tentar reanimá-lo

O bebê de cinco meses que morreu na creche Criança Feliz, em Várzea Grande, no dia 17 de maio, sofreu traumatismo craniano quando uma das proprietárias do local tentava realizar uma manobra de reanimação nele.

 

Nesse ato de virar foi que chocou a cabeça do bebê na quina de mármore, que provocou o traumatismo e a consequente morte da criança

O delegado Marlon Luz, da DHPP (Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa), revelou ao programa Balanço Geral, da TV Vila Real, que Hanna Figueiredo teria recebido o bebê após uma das funcionárias perceber que ele estava desacordado.

 

Ao virá-lo de barriga para baixo para executar a manobra de Heimlich – que consiste em pressionar as costas da criança com a mão -, ela bateu a cabeça do bebê na quina de uma estrutura de mármore, conforme o delegado.

 

“Uma delas [das monitoras] percebeu que o bebê […] estava um pouco molinho, desacordado, sem esboçar reação. Isso já no início da tarde, depois dele ter tomado a alimentação líquida”, disse Marlon.

 

“Na tentativa de fazer uma manobra de reanimação, [a proprietária] coloca o bebê com a barriga para baixo, em cima de seu braço, e vai virar para o lado. Nesse ato de virar foi que chocou a cabeça do bebê na quina de mármore, que provocou o traumatismo e a consequente morte da criança”, concluiu.

 

De acordo com o delegado, na investigação foi comprovado que Hanna tentou socorrer a criança após a lesão craniana, porém devido à gravidade do ferimento, os médicos não conseguiram salvar o bebê.

 

“Ela saiu da creche correndo com o bebê no colo e foi pedir socorro a um estabelecimento comercial que fica em frente à creche. Conseguiu parar o carro que estava passando, de uma terceira pessoa. Todos entraram e foram imediatamente para o médico”, disse.

 

“O bebê deu entrada com pulso, portanto com vida, e acabou morrendo em seguida. Não houve omissão por parte delas. Elas tentaram a prestação de socorro, mas foi insuficiente devido à gravidade da lesão”, completou.

 

Hanna e sua irmã, Lohaine Figueiredo, que são sócias-proprietárias da creche, foram indiciadas por homicídio culposo. Conforme Marlon, apesar de Lohaine não estar no estabelecimento no momento do fato, houve negligência por parte dela.

 

Isso porque a creche funcionava apesar de não ter alvará e outros requisitos de segurança necessários para manter um local como esse em funcionamento.

 

“Em razão dessa negligência, dessa omissão da outra proprietária, acabou culminando também no seu indiciamento pelo mesmo crime de homicídio culposo”.

 

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