Ex-tabeliã é condenada a 20 anos pela morte de ex-funcionária

A ex-tabeliã do Cartório do 1º Ofício de Pontes e Lacerda, Silvana Souza Freitas Gonçalves, foi condenada a 20 anos de prisão pelo assassinato da ex-funcionária da serventia Vilmara de Paulo. 

 

Na época do crime Silvana era filha do tabelião titular.

A promotora de Justiça Marcelle Rodrigues da Costa e Faria sustentou a tese de condenação nos termos da decisão de pronúncia (homicídio qualificado por motivo torpe e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima) e o Conselho de Sentença reconheceu a culpa da acusada como mandante do crime. O cumprimento da pena será em regime fechado.

O Ministério Público Estadual denunciou sete pessoas pelo homicídio, entre elas Silvana, seu pai Marcelo Rodrigues de Freitas e seu irmão Elmisson Souza Freitas.

 

O processo foi desmembrado em relação a esses três réus. Como os dois homens já faleceram, apenas ela foi julgada.

De acordo com a denúncia, o crime aconteceu em 2007 na região central de Pontes e Lacerda.

 

Segundo o documento, Márcio da Cruz Pinho efetuou os disparos contra Vilmara, ao passo que Rogério Miranda das Virgens, Valdeci Celestino Viana, Silvana Souza Freitas Gonçalves, Marcelo Rodrigues de Freitas, Elmisson Souza Freitas e Aurindo Soares da Silva “concorreram de forma determinante” para a prática.

Conforme apurado durante as investigações, Vilmara trabalhou como funcionária do cartório em que Marcelo – pai de Silvana – era tabelião, de outubro de 1989 a março de 2005.

 

Ela era colega de Silvana Gonçalves, tabeliã e oficial substituta. Após ser demitida, ingressou com ação trabalhista pleiteando o recebimento de verbas não pagas e indenização por danos morais, totalizando R$ 871.809,16.

 

Além disso, Vilmara teria conhecimento de diversas irregularidades envolvendo as atividades da serventia. Assim, Marcelo e os filhos teriam decidido matá-la, conforme a denúncia do MPE.

O órgão relata que a família acertou com o policial militar Valdeci Celestino Viana a prática do crime. Ele teria contratado Márcio da Cruz Pinho, que foi auxiliado pelo mototaxista Rogério Miranda das Virgens, ainda conforme a acusação.

 



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