Comissão aprova relatório propondo cassação de vereadora do PT

A nova comissão processante aberta para investigar a acusação de rachadinha praticada pela vereadora Edna Sampaio (PT) aprovou, por unanimidade, o parecer propondo a cassação do mandato da petista.

 

Faltou humildade! Eu seria um que iria entendê-la. É um erro que poderia ser aceito pelos demais

A votação ocorreu a portas fechadas, na tarde desta terça-feira (4). Integram o grupo o relator, Eduardo Magalhães (Republicanos), o presidente Sargento Vidal (MDB) e o membro Cezinha Nascimento (União).

 

Edna é acusada de se apropriar da Verba Indenizatória (VI) de sua ex-chefe de gabinete Laura Natasha. As acusações apontam quebra de decoro e podem levar à perda de mandato da parlamentar.

 

A petista chegou a ser cassada por unanimidade pelos vereadores em novembro passado por supostamente praticar “rachadinha”, mas conseguiu o cargo de volta após uma decisão judicial.

 

Agora, o novo parecer será encaminhado para o presidente da Câmara de Vereadores, Chico 2000 (PL), que definirá qual será a data para a votação em plenário.

 

Se o parecer for aprovado, a petista perde o mandato e pode ficar inelegível por oito anos de acordo com a Lei da Ficha Limpa.

 

Possível reversão

 

O presidente da comissão, vereador Sargento Vidal afirmou que no fim desta tarde encaminhará o documento para Chico 2000.

 

À imprensa, Vidal destacou que Edna não fez a defesa na comissão, como a foi oportunizada. 

 

“A vereadora Edna teve toda legitimidade para falar e se defender. Todas as oportunidades foram dadas a ela, mas não aproveitou”, disse.

 

Para Vidal, Edna poderia ter revertido o entendimento dos colegas parlamentares com um pedido de desculpas público e a devolução do montante. Ela, no entanto, garante que nunca praticou rachadinha.

 

“Eu disse a ela: ‘Todo mundo erra. Vai à tribuna e diga: ‘Eu errei, peço desculpas a vocês e gostaria de devolver o dinheiro’. Faltou humildade! Eu seria um que iria entendê-la. É um erro que poderia ser aceito pelos demais”, completou.

 

“Rachadinha”

 

O episódio que cassou a vereadora ficou conhecido como “caso rachadinha” e veio à tona quando comprovantes de transferências bancárias e conversas de WhatsApp indicaram que parte da V.I. de sua chefe de gabinete Laura Natasha Oliveira, estavam indo para a conta da petista.

 

Os documentos indicavam que no ano passado a parlamentar recebeu pelo menos R$ 20 mil em transferências feitas por Laura Natasha.

 

Ainda segundo os comprovantes, as transferências ocorreram nos meses de setembro, outubro, novembro e dezembro de 2022.

 

 



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