Polícia Civil faz 30 operações em cinco meses contra crimes ambientais em MT
O combate aos crimes ambientais tem sido um dos focos principais de ação da Polícia Civil de Mato Grosso com a realização de 30 operações policiais, em todo território mato-grossense, nos cinco primeiros meses de ano pela Delegacia Especializada de Meio Ambiente (Dema).
As ações de proteção a fauna e a flora mato-grossense ganham uma conotação especial na semana em que se comemora o Dia Nacional do Meio Ambiente.
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As operações, voltadas para repressão de diferentes crimes contra a fauna e a flora, como desmatamento ilegal, maus-tratos de animais e poluição do meio ambiente, foram realizadas do início de janeiro até o último dia 28 de maio.
Durante o período, a unidade especializada contabilizou mais de 250 procedimentos investigatórios relacionados a crimes ambientais, sendo 116 inquéritos instaurados, concluídos e encaminhados ao Poder Judiciário, além de 140 Termos Circunstanciados de Ocorrência (TCO).
A delegada titular da Dema, Liliane Murata, frisou que o trabalho da Polícia Civil nas questões ambientais, consiste na proteção do meio ambiente, por meio da apuração da autoria do ilícito penal, buscando colher elementos da materialidade do crime.
“A junção desses elementos possibilita a eventual propositura de uma ação penal. A Dema tem trabalhado de forma intensa em diferentes áreas de atuação, demonstrando que está atenta a todos os tipos de crime que possam trazer danos ao meio ambiente”, disse.
Crimes contra a flora
Atuando em todo estado de Mato Grosso, os policiais da Dema estiveram presentes em 11 operações próprias, deflagradas com base em investigações conduzidas pela especializada, além da participação em outras três operações integradas com outros órgãos ambientais.
As investigações apuraram situações de desmate ilegal, transporte ilegal de madeira, além do desmate químico de uma área de mais de 80 mil hectares de 11 propriedades no Pantanal.
Os trabalhos resultaram na apreensão de 40 m³ de madeira ilegal, 15 motosserras, 12 tratores, 13 caminhões, além de seis armas de fogo, 128 munições, quatro placas solares e três coletes balísticos.
Em relação ao desmate químico no Pantanal, alvo da Operação Cordilheira, foram sequestrados e realizada a indisponibilidade de bens de 11 propriedades rurais, avaliadas em R$750 milhões e multas administrativas de mais de 2,1 bilhões, em face do inquérito policial.