“No meu estado, não vou pedir câmera nos policias”, diz Mendes

O governador Mauro Mendes (União) voltou a criticar a possibilidade da instalação de câmeras nas fardas de policiais militares em Mato Grosso, em entrevista nesta semana para o site Poder 360.

 

Eu vou resistir até a última gota do meu sangue e do meu suor. Mas espero que o Brasil não seja hipócrita

Um projeto de lei do Estado tentou obrigar o uso do item, mas foi barrado na Assembleia Legislativa. Por sua vez, o Ministério da Justiça do Governo Lula (PT) tem sido entusiasta do uso das câmaras.

 

Mendes afirmou que caso o Governo Federal ou uma lei federal obrigue a utilização do itens nos militares, irá tentar barrar sua implementação. 

 

“Eu vou resistir até a última gota do meu sangue e do meu suor. Mas  espero que o Brasil não seja hipócrita, e que o Congresso tenha clareza disso: não podemos mudar o foco do problema”, afirmou. 

 

“O foco é combater as organizações criminosas, o traficante de droga, o roubo, o assassinato e toda essa violência que esta sendo esparramada pelo Brasil. Querem transformar o nosso policial em bode expiatório colocando nele uma câmera como se isso fosse resolver alguma coisa”, emendou.

 

A discussão sobre as câmeras nas fardas de agentes da segurança pública ocorre em meio ao aumento da violência policial.

 

Para Mendes, a implementação é um “equívoco”, pois não resolve o problema da Segurança Pública.

 

“Se isso resolvesse o problema, eu instalaria no outro dia. O Brasil é hoje um dos países mais violentos do mundo. […] Colocar câmera vai mudar essa realidade? Claro que não. Vai inibir a atuação do policial, que vai ter que chegar para o bandido e dizer: ‘Senhor bandido, por gentileza, levante a mão, porque sou um policial’”.

 

“E o cara do outro lado estará com uma arma e vai atirar. Como o policial vai reagir? Esse é um grande equívoco, é mudar do foco do grande problema que são as leis frouxas”, afirmou.

 

“No meu estado, eu não vou pedir, nem autorizar, e nem mandar colocar câmera nos meus policias”, completou. 

 

Veja trecho da entrevista:

 

 

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