Mendes foi aliado de Bolsonaro e PL quer caminhar junto em 2026
O deputado federal José Medeiros afirmou que o Partido Liberal pretende formar uma aliança com o governador Mauro Mendes (União) na disputa por duas cadeiras ao Senado em 2026.
O parlamentar explicou que o apoio seria uma retribuição a Mendes por ter sido aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A aliança, porém, vem com uma condicionante: um dos candidatos ao Senado ser do próprio PL. Medeiros sonha em retornar ao cargo desde as eleições de 2018.
“Hoje essa questão do Senado está bem alinhada, falei com Bolsonaro a respeito disso e esperamos chegar em 2026 com isso bem construído”, afirmou ele em entrevista ao MidiaNews.
Medeiros acrescentou que o ex-presidente deve articular com o governador após as eleições deste ano e, segundo ele, ambos não terão dificuldades para chegar a um acordo.
A partir das eleições de 2024, Bolsonaro deve vir a Cuiabá […] Temos que entender as dificuldades e haverá uma elegância de ambos os lados
Em Cuiabá, Medeiros apoia a pré-candidatura a prefeito do deputado federal Abílio Brunini (PL) e destacou que o principal objetivo da campanha será ganhar o voto dos eleitores que não são de direita.
Além disso, considerou que as polêmicas nas quais o pré-candidato se envolveu no Congresso Nacional não mancharam a imagem dele perante o eleitorado.
Ainda na entrevista, o deputado federal comentou o escândalo envolvendo o leilão de arroz do Governo Federal e avaliou a gestão do presidente Lula (PT).
Confira os principais trechos da entrevista:
MidiaNews – O Governo Federal anunciou que não vai mais fazer o leilão bilionário da compra de arroz. Crê que esse recuo é uma espécie de confissão?
José Medeiros – É o que parece com muita clareza. O que nos deixa pasmo é o fato de ainda estarem no cargo os responsáveis por este leilão. O Lula falou “houve falcatrua”, aí ouvimos o Neri Geller que fala que “foi feito no Palácio do Planalto pelo Paulo Teixeira, Carlos Fávaro e Paulo Pimenta”. Depois demite-se o diretor da Conab [Paulo Teixeira] e ele diz: “Fiz o que Fávaro mandou”.
Tem falcatrua, os mandantes estão no cargo e demite-se os operários. Tem alguma coisa muito errada e é por isso que estamos batendo na tecla de que temos que fazer uma CPI para que isso seja tirado a limpo.
MidiaNews – Em sua opinião, o ministro Carlos Fávaro sabia sobre as empresas suspeitas ligadas a Neri?
José Medeiros – Pelas falas do Neri e do Fávaro, não só sabia como conduziu. Eles pegam a pasta, leva para o Planalto. O Tiago [dos Santos, ex-diretor da Conab] disse que o que ensejou a participação das empresas foi a forma como foi feito o edital. Ele disse que foi feito pelo Fávaro e Paulo Teixeira.
A responsabilidade é totalmente destes caras. Precisamos ter uma CPI para individualizar condutas, quem fez o quê. Até porque temos a suspeita de que até o Lula participou disso com muita força, porque vinha falando nesse leilão desde março, antes de ter chuva.
Qual era o objetivo dele? Fazer uma interferência no mercado de arroz, porque estava preocupado com a subida do preço. Mercado é assim: hora sobe, hora desce. Ele queria interferir trazendo arroz de fora e teve a oportunidade de ouro. Usou como argumentação a cheia no Rio Grande do Sul e, de repente, surge esse negócio.
MidiaNews – Em sua opinião, o objetivo era a corrupção? Desvio de dinheiro público?
José Medeiros – Na minha opinião não, mas na do Lula. Ele disse que houve uma falcatrua. Creio que ele está certo, porque é o que parece.
MidiaNews – A situação do governo Lula não é muito boa. A economia está patinando e preços disparando, além de declarações polêmicas. Como avalia?
José Medeiros – Chamamos ele em Brasília de “Lula Biden da Silva”. Tenho sempre um pé atrás em relação ao Lula. Ele nunca joga palavras, sempre dá um de morto e o coveiro que dê o jeito de escapar.
Nesse caso, estou muito desconfiado com essa história de Lula falando bobeira. Veja só, ele fala besteira mesmo, mas não chegou hoje na seara política. Ele sabe bem o que afeta o mercado, fez declarações sabendo no que ia dar.
Estou tentando convencer nossos pares a fazer uma CPI sobre a alta do dólar, porque essa interferência no mercado é coisa de “batedor de carteira”.
Está manipulando o mercado. É um negócio bem articulado, porque o Lula fala e o dólar explode, depois fala e abaixa. Imagine o quanto ganhou o cara que percebeu essa jogada. Pedi para a equipe tentar achar compras atípicas de dólar porque pode ser que o Lula esteja senil, mas há grande possibilidade de não estar. Tem mato nesse coelho.
Victor Ostetti/MidiaNews
Medeiros disse que Lula pode estar senil, mas também considerou a hipótese de ele lançar polêmicas para manipular o mercado
MidiaNews – A questão da criminalidade e da Segurança Pública é preocupante no Brasil . Como o senhor analisa isso?
José Medeiros – Esse é um dos assuntos mais sérios que temos. A minha geração ouvia falar de crime organizado no Rio de Janeiro, São Paulo e, depois começou a crescer para Minas Gerais e grandes centros. Hoje está em cada bairro.
Você vai em um município pequeno e escuta sobre facção. É muito preocupante, porque dá uma “alma de pertencimento” à garotada. O pior é que está se alastrando para a política, você chega nos municípios e ouve: “Fulano é de facção tal”.
Andando esses dias pelas ruas de um município, o comerciante me abordou e disse: “Queria que o senhor ouvisse essa gravação”. Comerciantes receberam uma mensagem que dizia que “aqui na quebrada é para votar só em fulano”.
Hoje quem manda na estrutura dos bairros já não é mais o Estado, são as facções. Você abre um comércio, recebe visita e tem que pagar um “arrego” para eles [faccionados] e notamos que é uma falência total.
Ao invés de aprovar um pacote de segurança pública, o Congresso está reunido e o governo empenhado em tirar cada centavo do bolso das pessoas.
Quando algum vagabundo entra na casa e arrebenta com tudo, a primeira coisa que existe é audiência de custódia para ver se [o criminoso] machucou a unha, está arranhado. A facção não coloca no muro: proibido roubar na quebrada. Se [o faccionado] não quer cumprir, não cumpre, mas a primeira coisa que eles dão é uma “salva de pau danada” e o cara aparece boiando em algum riacho.
Não estou falando que o Estado tem que agir desse jeito, mas essa sensação de que não tem punição nenhuma, esse olhar “holístico” e demasiadamente humanizado criou-se uma ideia de que a punição é ruim.
MidiaNews – Não cabe uma autocritica? Porque a prerrogativa de endurecer penas é do Congresso. Ele não deveria, então, ter uma postura mais efetiva?
José Medeiros – Concordo. Há o que é e o que deveria. Vemos o sujeito não parar na cadeia. Até pouco tempo, a pessoa matava alguém e ia para a cadeia, não ficava com todas essas benesses. O cara era pego com droga, ia para a cadeia. Com o tempo, as leis foram sendo relativizadas e interpretadas à maneira deste novo ordenamento que surgiu no país.
Você vê anomalias, por exemplo, de um sujeito pego com 429 kg de cocaína e solto na audiência de custódia. O Movimento Sem Terra (MST) fez o que queria e nunca botavam freio nisso. Eu trabalhei na Polícia Federal e você ficava o dia inteiro, às vezes a semana inteira, de babá desses caras e famílias padecendo na pista, mas não podia mexer com nada.
O governador Mauro Mendes simplesmente disse “aqui não vai ter invasão de terra, a polícia vai tratar invasão de terra como a de casa”, pronto. A lei funcionou. É bem complexo, temos casos evidentes de que a lei precisa ser mais rigorosa. Há muitas brechas, depende de quem vai interpretar e por isso precisamos evoluir.
Victor Ostetti/MidiaNews
O deputado federal criticou a relativização que o Poder Judiciário faz das leis penais
Precisamos que o Senado seja mais independente, não para esculhambar ministros, mas para chamar a responsabilidade de que o que está escrito não pode ser relativizado.
MidiaNews – O senhor vê uma má vontade do Poder Judiciário?
José Medeiros – Ao longo do tempo foi se construindo no imaginário um ideário nacional, tanto que o pessoal não chama mais “bandidos”, mas de “vítimas da sociedade”.
O próprio cinema nacional foi romantizando isso. Você assiste filme de outros países e polícia ganha, aqui não. Aqui se torce para o bandido e isso é uma coisa quase que cultural.
Não estou falando que a polícia não erra, porque erra, mas nenhum policial saí de manhã e fala “vou matar alguém”. Trabalhei na polícia por várias décadas e a coisa que mais aflige o policial é ter que puxar a arma, porque ele sabe que quando sair do coldre já é o inicio de um processo administrativo – se ele tiver sorte, porque há grande chance de virar criminal.
MidiaNews – Para muitos, o presidente Jair Bolsonaro cometeu um “feito” ao perder a reeleição com a máquina na mão para um ex-presidente condenado por corrupção e foi preso. Agora a direita tenta se reestabelecer. Admite que houve uma falha na conduta do ex-presidente?
José Medeiros – O Bolsonaro teve a tempestade perfeita para se tirar um governo. Ele era um cara sozinho no Congresso, sem base nenhuma, teve que construir isso. Conseguiu fazer o governo, mas continuavam todas as bases culturais de um país que simplesmente não aceitava um estilo do Bolsonaro.
A palavra mais bonita que você ouvia jornalistas falarem era “ogro”. Ele é daquele estilo e foi escolhido por isso. Eu diria que o boteco foi ao Planalto, o homem médio do povo. Quando você chega ao boteco, conversa sem rebuscar, então esse homem médio brasileiro se identificou com o Bolsonaro – assim como se identifica com Lula.
São linguagens opostas, mas tanto o Lula quanto o Bolsonaro conseguem se comunicar muito bem com o povo. Veio a pandemia e todo o sistema criou uma narrativa interessante.
Nos faltou habilidade, porque se fosse um “cara mala”, ele simplesmente não teria falado a verdade. Quando se tratava da vacina, Bolsonaro disse que precisávamos aprovar um dinheiro para que, se surgisse uma vacina, comprar.
No mundo, o Brasil foi o primeiro a colocar um orçamento disponível para caso surgisse uma vacina. Menos de um mês após a vacina ser aplicada no braço do primeiro humano, foi aplicada também no Brasil. Criou-se a narrativa de que não vacinou, de que o Bolsonaro era genocida e por aí vai, então diria que ele não foi derrotado por erros, mas porque havia o sentimento de que não dava para ficar com ele no poder.
Convencionou-se de que havia um perigo à democracia, muitas narrativas foram criadas. Acusações de genocídio, dos indígenas, de que ele estava acabando com a Amazônia. O ministro Edson Fachin anulou uma decisão do plenário e quatro processos do Lula, ou seja, tornou ele elegível.
“Ah, mas o Bolsonaro é homofóbico”. Bolsonaro nunca falou que Pelotas era uma fábrica exportadora de viado, Lula fala isso tranquilamente. “Bolsonaro é misógino”. Bolsonaro nunca falou que as meninas do partido do partido dele ou do STF são “mulheres do grelo duro”.
Tudo que você imaginar que a direita fez, o PT já fez pior. Dá uma olhada como um e o outro são julgados. Há uma forma de olhar para esse jogo de poder muito desigual.
MidiaNews – Caso o Bolsonaro não possa se eleger em 2026, o Tarcísio de Freitas já sinalizou que o interesse dele é a reeleição. Acredita em algum outro político que os represente?
José Medeiros – Acredito que a Michelle Bolsonaro seria natural, porque as pesquisas mostram ela à frente de Lula. Ela tem um “quê” a mais, além de ter o público que vota em Bolsonaro, agrega uma parcela maior do público feminino do que o próprio Bolsonaro.
Penso que seria natural ela ser o plano B, os outros nomes não tem certa capilaridade e penso até que teria certa resistência dentro do próprio publico bolsonarista, porque em um momento ou outro houve pequenos atritos.
Já a Michelle é muito bem recebida onde vai, seria muito natural.
MidiaNews – O nome que está posto para 2026 com o apoio do governador Mauro Mendes é o do Otaviano Pivetta. A tendência é que o Partido Liberal seja aliado deste projeto?
José Medeiros – Está muito cedo para falar disso, mas o PL caminhou junto com o União Brasil nessa última eleição e teria totais condições de caminhar [de novo]. Mas o PL tem um projeto nacional de eleger senadores. Isso é um plano do próprio Bolsonaro, que pensa que precisamos ter um Poder Legislativo para fazer as mudanças necessárias e não travar o desenvolvimento do país.
Para termos senadores, precisamos ter um candidato ao Governo. A construção disso em Mato Grosso é bastante difícil quando se olha os que já estão postos ao cenário. Já se tem quatro ou cinco nomes e como colocar todos em uma chapa que só tem [espaço] para dois?
O PL, logo após as eleições para prefeito, vai observar e conversar com todos os parceiros – Pivetta e principalmente governador Mauro Mendes – para ver como será possível essa acomodação.
Já ouvi o próprio Bolsonaro dizendo que, se for possível acomodar, não tem porquê arrumarmos mais um candidato ao Senado e montarmos uma chapa com dois, sendo que Mauro foi parceiro do governo e caminhamos juntos, então o natural seria caminharmos com ele.
Se não for possível, o PL precisa lançar um candidato ao Governo para ter seu candidato ao Senado, porque o Bolsonaro tem em mente tentar eleger pelo menos um senador por Estado.
MidiaNews – O seu nome é o mais cotado ao Senado em 2026 com o apoio do Bolsonaro, não?
José Medeiros – Sim. Bolsonaro já havia dado entrevista e tudo. Na eleição de 2022, eu seria candidato ao Senado, mas aí surgiu a possibilidade de ele ir para o PL e lá, o presidente partidário, Valdemar da Costa Neto, fez duas exigências: lançar as candidaturas do Romário no Rio e do Wellington em Mato Grosso.
Aí o Bolsonaro me chamou e me disse que fica o compromisso para 2026. Sentei depois com o Valdemar e ele abraçou essa ideia, fiquei um pré-candidato de antemão. Nunca vi isso acontecer. É bom por um lado e ruim por outro, porque você fica no deserto durante quatro anos e isso não é o que o bom manual da política manda.
MidiaNews – Seria prioridade uma eventual composição com o grupo do governador?
José Medeiros – Seria o natural, é o que o grupo espera, mas óbvio que não dá para impor nada. Temos que entender todas as dificuldades da formação e com certeza haverá uma elegância de ambos os lados de tratar isso com antecedência para não prejudicar nenhum projeto. Não dá para ficarmos enrolando o governador, o Pivetta e depois lançarmos um candidato ao Governo.
Do mesmo jeito, não dá para sabermos de última hora que estamos fora da chapa. São coisas que, com certeza, serão conversadas entre o Bolsonaro, Mauro Mendes, Pivetta, Valdemar e nosso presidente [do PL em MT] Ananias.
Hoje essa questão do Senado está bem alinhada, falei com Bolsonaro a respeito disso e esperamos chegar em 2026 com isso bem construído, porque a candidatura de deputado federal você constrói, mas as majoritárias dependem de grupo.
Já é a quarta vez que eu tinha plano certo de ir para o Senado. Em 2018 acabou não dando certo, fiquei sem chapa de uma hora para outra de governador.
Hoje essa questão do Senado está bem alinhada, esperamos chegar em 2026 com isso bem construído
MidiaNews – O governador Mauro Mendes e o ex-presidente Jair Bolsonaro conversaram sobre isso?
José Medeiros – Creio que não,mas há sinalização. O Mauro deve saber mais ou menos que o Bolsonaro pretende ter esse comportamento, mas não creio que eles tenham conversado, até porque o Mauro já disse que está muito cedo para falar.
Creio que a partir das eleições de 2024, Bolsonaro deve vir mais uma vez a Cuiabá e, logo depois, devem se reunir para conversar – se for da vontade do governador, mas não creio que ele tenha dificuldade de tratar disso. Tudo é construção.
MidiaNews – O senhor apoia a pré-candidatura a prefeito do deputado federal Abílio Brunini, que se projetou nacionalmente com performances no Congresso que tumultuaram sessões, às vezes “tomando pito”. Para uma disputa ao cargo de prefeito, isso não estaria o expondo negativamente e mostrando imaturidade?
José Medeiros – Tudo é uma questão de como conduzir o processo eleitoral. Ele chegou em Brasília e sempre digo que “petista não é bicho para criar solto”.
Eles sabem muito bem como tirar os adversários do sério e o Abílio fez o contrário, meio que copiou o modelo deles e os tirou do sério. A percepção do eleitor que vai dizer se está “queimando” ou não.
Temos que observar que as pessoas gostam muito da crítica, mas geralmente quem critica sofre um desgaste, por incrível que pareça. O mesmo cara que gosta da performance fala “isso não é legal”.
Temos que observar que as pessoas gostam muito da crítica, mas geralmente quem critica sofre um desgaste
Agora começa o período eleitoral e, do ponto de vista de performance, ele se tornou respeitado. Ele tem facilidade de falar, tem raciocínio rápido, mas vem o processo eleitoral e penso que dependerá de como o Abílio se portará.
No final de tudo, o eleitor não vai julgar como o Abílio se comportou em Brasília, vai observar aqui e como ele será enquanto prefeito. Se ele conseguir se mostrar do tamanho do cargo, como um cara que pode conduzir Cuiabá para a próxima fase de chegada dos trilhos, de uma nova Cuiabá, de uma perspectiva de esperança… Penso que qualquer possível exagero que ocorreu lá, sairá na urina.
O grande desafio do Abílio é passar segurança ao eleitor de como ele será como prefeito. Cuiabá precisa de um cara corajoso, inteligente, com boa formação. O Abílio tem todos os predicados.
Se ele conseguir ser real, se torna uma candidatura quase imbatível. Ele é arquiteto, tem condição de fazer uma cidade bonita. Se ele conseguir vender essa imagem, penso que se torna o próximo prefeito.
Em relação aos arroubos, você nota que mexer com o PT não é fácil. O Botelho é um cara experiente e essa semana o Lúdio fez uma provocação que o tirou do sério. Os petistas sabem tocar no nervo.
Sem dúvida foi premeditado, o Lúdio estava com uma lapela. É bem PT aquilo ali. Eles são preparados para isso.
MidiaNews – Os críticos dizem que Abílio fala só com a bolha e, por isso, teria dificuldade de conquistar o voto dos indecisos. Concorda?
José Medeiros – Sentimos que o Abílio evoluiu muito e que aprende muito rápido. Se o Abílio que conheço se mostrar à população, será eleito prefeito de Cuiabá. Ele é desta nova geração que domina as mídias sociais, a comunicação. Na verdade, ele tem autocontrole e por isso irrita muito os adversários. Com o conhecimento que tem da Câmara Municipal, porque já foi vereador, tem todas as condições de fazer um mandato extraordinário.
O nosso desafio é agregar mais eleitores, conversar com o eleitor porque é importante termos em mente que existem as bolhas da esquerda, da direita e existe o cara que termina a eleição, vai trabalhar e só pensa em eleição daqui alguns anos. É preciso conversar com esse eleitor, saber cativá-lo. Temos que ter em mente que, quem acompanha política, talvez seja 5% da sociedade, que está ligada nos burburinhos e por isso a importância de o candidato se mostrar como prefeito da cidade durante o período eleitoral, porque boa parte do eleitorado passará a observar o começo.
Vejo que o Botelho tem uma estrutura muito grande, está falando de números. Há uns quatro meses atrás, Abílio já tinha todos esses números, está preparado e será uma eleição muito disputada. Vejo muita gente cantando vitória, está cedo, porque vamos dar trabalho nesta eleição. Vamos dar trabalho, muita gente vai se surpreender.