Medo de perder o poder une petistas e bolsonaristas em Chapada dos Guimarães
Cassada duas vezes por um crime que não cometeu, a vereadora Fabiana Advogada (PSDB) segue fazendo sua campanha pela disputa da Prefeitura de Chapada dos Guimarães (66 km de Cuiabá). O crescimento da parlamentar entre os eleitores motivou uma grande aliança do grupo que hoje detém o poder na cidade, inclusive, unindo o Partido dos Trabalhadores e o Partido Liberal, antagônicos em todo o cenário nacional.
Fabiana ainda não conseguiu reverter a cassação na Justiça. Ela perdeu o cargo sob acusação de ter advogado contra o Município de Chapada dos Guimarães, o que é proibido pela lei municipal. A denúncia partiu do secretário de Governo, Gilberto Mello.
– FIQUE ATUALIZADO: Entre em nosso grupo do WhatsApp e receba informações em tempo real (clique aqui)
– FIQUE ATUALIZADO: Participe do nosso grupo no Telegram e fique sempre informado (clique aqui)
A denúncia, porém, só foi acatada pela Câmara de Vereadores local. A acusação foi levada também à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MT), que emitiu parecer rechaçando a acusação. O Ministério Público do Estado (MP-MT) também rejeitou a acusação de que a parlamentar tenha atuado contra o Município.
Fabiana era advogada em um processo, mas renunciou ao caso assim que o Município de Chapada dos Guimarães foi incluído entre as partes.
A cassação da parlamentar causou revolta na sociedade chapadense e movimentou organizações sociais e outras lideranças políticas femininas a se manifestarem em sua defesa.
É o caso da vereadora por Cuiabá, Maysa Leão (Republicanos), que criticou a perseguição da Câmara de Vereadores de Chapada dos Guimarães por perseguir a parlamentar por sua atuação.
“A doutora Fabiana foi extremamente injustiçada. O processo dela é um processo nítido de silenciamento de uma mulher que chegou e incomodou. Quando essa mulher é forte, como é o caso da doutora Fabiana, ela pode ser silenciada. O processo dela, hoje, tem o apoio da OAB, do Ministério Público, e foi demonstrado categoricamente que ela não fez o que ela foi acusada de fazer”, afirmou.
Ainda na avaliação de Maysa, esse tipo de perseguição desanima outras mulheres a disputarem cargos eletivos.