Engenheira não tem melhora e família pede ajuda para salvá-la

A família da engenheira ambiental e servidora pública da Prefeitura de Várzea Grande, Eva Patrícia Silva, está fazendo uma vaquinha online para custear uma prótese craniana prototipada, no valor de R$ 80 mil.

Sempre mantivemos a vida da Eva privada, mas nós percebemos que ela não está tendo uma evolução

 

Eva foi atropelada por um carro no dia 5 de março durante um pedal na MT-040, rodovia que liga Cuiabá a Santo Antônio de Leverger. A motorista, de 19 anos, apresentava estava embriagada.  

 

Para quem quiser colaborar com a vakinha a doação pode ser feita através do link: Juntos pela Eva | Vaquinhas online (vakinha.com.br) ou por pix: [email protected]

 

A engenheira foi internada em estado gravíssimo e passou mais de 100 dias em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Ela está em home care desde junho.

 

Em entrevista ao MidiaNews, a advogada Karolina Laura Fonseca, irmã de Eva, contou que ela precisa passar urgentemente por uma cirurgia de cranioplastia e, para que isso seja possível, é necessária a prótese.

 

“A gente nunca pediu ajuda para ninguém. Sempre mantivemos a vida da Eva privada, mas nós percebemos que ela não está tendo uma evolução. E aí, demos início a uma investigação neurológica. Por conta do acidente, ela precisou passar por duas craniotomias. Ela tirou totalmente a calota craniana do lado direito. A Eva não tem nenhum osso do lado direito da cabeça. Por esse motivo, usa um DVP [Derivação Ventrículo-Peritoneal], uma espécie de dreno interno”, contou.

 

Conforme Karolina, a investigação neurológica apontou que a piora no quadro da Eva se deu porque o DVP está fazendo uma hiperdrenagem e isso está comprimindo o cérebro e causando novas lesões.

 

 A advogada afirmou que cogitou entrar com uma ação na Justiça para conseguir a prótese, mas repensou e entendeu que é melhor acreditar na ajuda das pessoas para salvar a irmã.

 

“Mesmo com uma liminar, até conseguir encomendar essa prótese, minha irmã já vai ter uma sequela irreversível. O médico disse que ela não pode esperar um mês que seja. É a diferença entre a minha irmã voltar a andar, falar, sonhar com uma vida normal ou nunca mais sair da cama”, disse.

 

Karolina explicou que a prótese vai permitir com que o DVP para de fazer a hiperdrenagem, já que ela não pode ficar sem ele.  

 

“Hoje a minha irmã não se comunica em nada, ela não abre os olhos porque o cérebro está tão comprimido que está apertando o sistema nervoso. Não é uma questão de estética porque a cabeça dela ficou amassada, até porque a gente queria poupar a Eva. A minha irmã já passou por muitas cirurgias, todas particulares. A gente fez tudo que podia, nós arcamos com muitos custos. A questão é que agora é uma prótese de R$ 80 mil”, desabafou.

 

Karolina contou que Eva tinha um projeto de ser candidata a vereadora em Várzea Grande e que agora sonha, ao menos, em ouvir a voz dela novamente. 

 

“A minha irmã merece. Não é porque ela é minha irmã não, mas a minha irmã é maravilhosa. Ela tem projetos de doação de cesta básica, projetos para ajudar animais de rua. Não é a toa ela ter sobrevivido a um acidente tão grave quanto esse e ainda está lutando pela vida dela”, disse.

 

Motorista nunca procurou a família

 

Karolina ainda contou que a motorista responsável pelo atropelamento nunca entrou em contato com a família para oferecer algum tipo de ajuda.

A jovem responde o processo em liberdade.

 

Ela foi solta mediante o pagamento de uma fiança de R$ 5 mil de forma parcelada.

 

Karolina disse que, por ora, não pensa em ajuizar uma ação de indenização contra a motorista.

 

“O nosso foco hoje é salvar a vida da minha irmã. Claro. O inquérito policial, por mais que o delegado sugira no relatório para indiciar ela, na melhor das hipóteses, por uma tentativa de homicídio, por assumir o risco ao dirigir a alcoolizada, não vai trazer a minha irmã ao que ela era antes”, disse.

 

“Lógico que a gente gostaria que houvesse Justiça, não é nem vingança, é Justiça. Mas a nossa prioridade agora é cuidar da Eva e poder fazer para ela o melhor. Ver ela andando, voltar a falar, voltar a comer, porque a minha irmã se alimenta por uma sonda. A gente não quer vingança, eu não fui atrás dessa menina, não sei da vida dela”, acrescentou.

 

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