Justiça torna réu coronel que pressionava policiais a fazer sexo com ele
Gazeta Digital
A 11ª Vara Criminal, especializada em justiça militar, recebeu na quinta-feira (16) a ação do Ministério Público (MPE) contra o tenente-coronel da Polícia Militar (PM), Joel Outo Matos, por crime de concussão.
Ele é réu por supostamente exigir vantagem indevida de jovens PMs, pressionando-as para a prática de relações sexuais na época em que estava à frente do 10º Comando Regional de Vila Rica (1.259 Km a noroeste de Cuiabá). Crime de assédio sexual foi enviado para a Justiça “comum”.
“Nos autos material probatório mínimo e potencialmente apto a deflagrar a persecução penal, recebo a denúncia oferecida pelo Ministério Público contra o acusado”, examinou o juiz Murilo Moura Mesquita.
Com a decisão , foi designado o dia 9 de agosto para sorteio dos juízes militares que comporão o Conselho Especial de Justiça. Sessão de posse dos sorteados e audiência de instrução para oitiva das testemunhas arroladas pela acusação foram marcadas para o dia 12 de fevereiro de 2019.
Na denúncia foram apresentadas declarações de três vítimas. O MPE suspeita, no entanto, que mais mulheres tenham sido assediadas pelo tenente coronel.
Segundo ele, os fatos apontados na denúncia ocorreram no ano de 2016. Além de depoimentos, foram anexadas ao processo mensagens enviadas pelo acusado às vítimas via whatsapp.
Em uma delas, por exemplo, o denunciado diz: “tudo estava desenhado para você ir presa, ser mandada embora, perder sua estabilidade financeira, essa vida que você tem. Eu entrei na sua vida quer você queria quer não. Quero você”.
O crime de assédio sexual será julgado pelo Juizado Especial Criminal da Comarca de Vila Rica.