Justiça mantém prisão de vereador de VG que será levado para Rondonópolis

O juiz João Bosco Soares da Silva, do Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo), manteve a prisão do vereador e candidato à reeleição por Várzea Grande, Pablo Pereira (UB), que foi preso e afastado do cargo por determinação da Justiça. Ele passou por uma audiência de custódia na tarde de hoje. 

Pablo Pereira foi preso na manhã desta sexta-feira (20), por, segundo a Polícia Civil, ter a principal função exercer pressão política com a finalidade de fazer valer os objetivos do grupo criminoso que praticava corrupção no Departamento de Água e Esgoto de Várzea Grande (DAE-VG). O esquema cobrava propina para execução de serviços públicos, que gerou prejuízo de R$ 11 milhões aos cofres públicos. 

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Conforme o advogado Rodrigo Araújo, o seu cliente será levado para um presídio na cidade de Rondonópolis, Sala de Estado Maior, na Penitenciária Regional Major Eldo de Sá Corrêa (mais conhecida como Mata Grande).  

“A defesa refuta todas as acusações. Infelizmente, incluíram o Pablo numa investigação que ocorre desde 2019, no qual o nome dele nunca apareceu e por questões políticas. O mandado de prisão foi cumprido justamente hoje porque, caso fosse expedido amanhã, o vereador Pablo sequer poderia ter sido preso, considerando a lei eleitoral. E todos os fatos demonstram que ele não tem participação nenhuma. Inclusive analisamos todo inquérito e representação policial, e o quanto eles mencionam crime de corrupção não há nada concreto que relacione o Pablo com o crime. Infelizmente estamos diante de uma exposição midiática contra o vereador”, disse o advogado.  

Conforme Rodrigo Araújo, os servidores do DAE-VG, que apoiam à reeleição do vereador e que estão sendo citados no esquema de corrupção, tentaram incluir o nome do vereador no processo.

No sábado (21), o advogado disse que irá entrar com um habeas corpus junto ao Tribunal de Justiça. O advogado disse que após análise dos autos, o seu cliente não tem participação e nem foi acusado de organização criminosa. “Uma das questões que levantamos na audiência foi com relação à competência desta justiça para cuidar do caso, já que todos os fatos que mencionam o Pablo não é com relação a corrupção. Agora, numa esfera eleitoral, ele pode ter, e ser tentado a responsabilizar-se. O Pablo não tem comando sobre o DAE, e nem ao sistema, e não tem condições de fazer nenhuma falsificação, e desde 2019 esses servidores que estão sendo acusados tentaram se relacionar ele nesta [investigação]”, explicou.  



Estadão MT