Cuiabá é uma das quatro capitais mais seguras para viver no Brasil, aponta Anuário
Conhecida como uma das cidades mais quentes do Brasil, Cuiabá tem outro motivo para ser lembrada: é também uma das capitais mais seguras para se viver. A capital de Mato Grosso ficou em quarto lugar no ranking nacional do Anuário 2024 de Cidades Mais Seguras do Brasil, elaborado pela empresa MySide, especializada em mercado imobiliário, destacando-se pela baixa taxa de homicídios e violência.
Cuiabá já havia alcançado a mesma posição no ranking em 2023 e os números de 2024 apenas reforçam essa tendência.
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Os dados são baseados em informações do Ministério da Saúde e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que mostram que Cuiabá registrou uma taxa de 16,2 homicídios por 100 mil habitantes. Ou seja, além de ser uma capital ‘calorosa’, Cuiabá tem se tornado cada vez mais um lugar de segurança e acolhimento.
O resultado deste ano coloca Cuiabá à frente de capitais mais badaladas do eixo Sul-Sudeste, como Curitiba, que ficou em 7º lugar, Belo Horizonte (9º) e Porto Alegre (10º). No quesito segurança, a capital de Mato Grosso perde apenas para Florianópolis, que ostenta uma taxa de 10 homicídios para cada grupo de 100 mil habitantes, São Paulo (2º) e Brasília (3º).
Cuiabá também se posicionou muito bem no ranking geral das cidades mais seguras para morar no Brasil com população entre 500 mil e 1 milhão de habitantes. É a única cidade do Centro-Oeste a compor o TOP-10 das cidades mais seguras nessa faixa de população, ocupando exatamente o 10º lugar.
QUALIDADE DE VIDA
Se o calor de Cuiabá é notório, a qualidade de vida também está no topo. Em 2022, a cidade foi eleita uma das 10 melhores do Brasil segundo o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), da ONU, ficando na 9ª posição com um IDHM de 0,824. Isso prova que, além de uma cidade segura, Cuiabá oferece uma estrutura sólida para seus moradores, equilibrando o “calor” com o cuidado e bem-estar.
SOBRE O ESTUDO
O anuário 2024 Cidades Mais Seguras do Brasil© é fundamentado em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), do Ministério da Saúde.
O principal indicador utilizado para classificar as cidades foi a quantidade de assassinatos por 100 mil habitantes. Esse indicador é amplamente reconhecido como uma medida sólida e universal de segurança pública. Organizações internacionais, como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), utilizam essa taxa em seus relatórios, considerando-a fundamental para comparações regionais e temporais. A utilização desse indicador permite ajustar os números absolutos de homicídios pelo tamanho da população, facilitando análises comparativas e a formulação de políticas públicas eficazes.
Para calcular o índice, foram analisados os dados de todos os 1,5 milhões de óbitos ocorridos em 2023 no Brasil, conforme o Painel de Monitoramento da Mortalidade da SVSA.
A SVSA consolida os dados por meio do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), estabelecido em 1979. No SIM, são inseridos os detalhes de todos os atestados de óbito no Brasil, sendo as informações de responsabilidade do médico que emite o laudo. Após o preenchimento, o documento é encaminhado para os Cartórios de Registro Civil. As Secretarias Estaduais de Saúde são encarregadas de coletar essas informações junto aos estabelecimentos de saúde e cartórios, enviando posteriormente para o Ministério da Saúde via SIM.
